quinta-feira, 29 de setembro de 2016


Justiça manda devolver R$ 145 milhões à Petrobras

Yahoo Notícias
A Justiça Federal determinou hoje (29) a devolução de R$ 145,6 milhões à Petrobras, referentes a valores repatriados ao Brasil de contas na Suíça controladas por Julio Faerman, ex-representante da empresa holandesa SBM Offshore no Brasil. A informação foi divulgada pela estatal em sua página na internet.
Segundo a Petrobras, Faerman fechou acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal no Rio de Janeiro e é acusado de operar propinas em contratos da estatal desde 1997. Os R$ 145,6 milhões equivalem a 80% do total repatriado.
Ainda de acordo com a nota, o juiz Vitor Barbosa Valpuesta, da 3ª Vara Federal Criminal, atestou a condição de vítima da companhia e afirmou que Faerman reconhece que o dinheiro foi obtido por meio de atividades criminosas.
“As investigações começaram antes da Operação Lava Jato e somos assistentes de acusação no processo. Segundo a denúncia, entre 1997 e 2012 houve desvios em contratos de aluguel de navios-plataforma. A decisão deve ser publicada no Diário Oficial nos próximos dias. Além do montante anunciado nesta quinta-feira, já recuperamos, por vias judiciais, R$ 309 milhões desviados nos casos de corrupção”, informou a Petrobras.


Via Vladimir Platonow - Repórter da Agência Brasil, daAgência Brasil



Juíza manda ConJur remover notícia sobre herança de Márcio Thomaz Bastos

O sigilo imposto a processos não atinge a imprensa, que é livre para noticiar o que é decidido ou disputado nas ações. O entendimento previsto na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, no entanto, não foi seguido pela juíza Christina Agostini Spadoni, da 5ª Vara da Família e Sucessões do Tribunal de Justiça de São Paulo.
A juíza obrigou nesta quinta-feira (28/5) a revista eletrônica Consultor Jurídico a retirar do ar reportagem sobre a herança de R$ 393 milhões deixada pelo advogado e ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos. Cabe recurso da decisão e a ConJur está avaliando as medidas judiciais adequadas à situação.
Na determinação, a magistrada argumentou que o processo do inventário do jurista corre sob segredo de justiça e que a exposição das informações veiculadas na reportagem infringe o direito constitucional à intimidade.
“Cuida-se de rito de inventário de bens deixados por pessoa de notoriedade pública, seara em que se reúnem documentos particulares tanto relativos aos bens inventariados quanto documentos pertencentes aos herdeiros, cuja exposição ao público em geral infringe o direito constitucional à intimidade (artigo 5º, inciso X), sem que tal medida importe ofensa ao direito de informação, razão pela qual foi deferido o trâmite do processo sob segredo de justiça", diz a decisão
Spadoni afirmou que não há interesse público sobre o assunto da reportagem. Ao final, diz ainda que não cabe a ela inquirir a forma pelo qual o jornalista obteve as informações protegidas pelo segredo de justiça.
Censura
O advogado da ConJurAlexandre Fidalgo, do Espallargas Gonzalez Sampaio & Fidalgo Associados, afirma que a decisão revela uma medida censória da juíza. “A notícia não tem qualquer irregularidade. A própria fortuna do Márcio Thomaz Bastos era, de alguma forma, já sabida e não há revelação na matéria de dados do processo do inventário”.
Fidalgo reafirma o interesse público nas notícias que envolvam Márcio Thomaz Bastos. “Ele é uma figura pública e ele mesmo falava da sua fortuna de forma aberta até por uma questão de transparência uma vez que se relacionou ao governo e ocupou um cargo no governo Lula”. 
No Supremo
Em outro caso em que a revista foi obrigada a retirar conteúdo do ar, a decisão foi derrubada pelo ministro do STF Celso de Mello. Na ocasião, sentença de primeira grau determinava retirada da notícia que revelou a condenação do autor do espetáculo Edifício London, baseado no assassinato de Isabella Nardoni.
Ao julgar recurso contra a determinação de primeiro grau, o ministro  Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal,  afirmou que “a interdição judicial imposta à empresa (...), em causa na qual ela sequer figura como sujeito processual, proibindo-a de publicar matéria ou notícia sobre o processo (...) configura, segundo entendo, clara transgressão ao comando emergente da decisão que esta Corte Suprema proferiu, com efeito vinculante, na ADPF 130/DF”, na qual ficou determinado o impedimento de que reportagens jornalísticas fossem censuradas.
Clique aqui para ler a decisão.
Revista Consultor Jurídico, 29 de maio de 2015, 21h31

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Em entrevista, Thomaz Bastos falou da reestruturação da PF e do Innovare

O aumento de operações deflagradas pela Polícia Federal nos últimos anos foi uma conquista para Márcio Thomaz Bastos (foto), que morreu no último dia 20 de novembro. Ministro da Justiça entre 2003 e 2007, ele foi o principal responsável pela reestruturação do órgão. Em entrevista concedida ao programaContraponto, Bastos confessou: “Sinto muito orgulho. A PF deu um salto qualitativo que não tem mais volta, ela foi reestruturada, passou a usar métodos modernos de investigação e conseguiu imprimir efetivamente o combate ao crime organizado como nunca antes no Brasil”.
Mas essa não foi a única contribuição do advogado, que é considerado um dos principais nomes da advocacia criminal do país. Ele foi um dos idealizadores do Prêmio Innovare. A iniciativa, cuja 11ª edição será entregue no próximo dia 16 de dezembro, na sede do Supremo Tribunal Federal, tem como objetivo identificar e disseminar as boas práticas do Poder Judiciário.
Centenas de projetos positivos ao Judiciário já foram revelados pelo Innovare. “É um prêmio muito importante, porque visa identificar juízes e promotores criativos, advogados que buscam soluções para os problemas da Justiça, tribunais que têm boas práticas. E os premia. É um grande incentivo para termos uma Justiça rápida e eficaz com a qual todos nós que sonhamos”, afirmou na entrevista.
Ao programa, o ministro também declarou seu amor pela profissão. Ele iniciou sua atuação em tribunais do Júri em 1957. Apesar do tempo, nunca deixou de sentir o frio na barriga antes de cada julgamento. “No júri nunca sabe-se o que vai acontecer. É uma emoção como da primeira vez. E é bom ficar ‘em estado de júri’, ficar bem tenso para chegar e lá e fazer o trabalho”.
morte de Thomaz Bastos foi uma grande perda, lamentada pelas principais personalidades do país. A presidente Dilma Rousseff chegou a publicar nota destacando que perdeu um amigo e de um defensor intransigente do direito de defesa. “Ele foi responsável por avanços institucionais, como a reestruturação que ampliou autonomia à Polícia Federal, a aprovação da emenda constitucional da reforma do Poder Judiciário e o Estatuto do Desarmamento. Quem teve o privilégio de conviver com ele, como eu tive, conheceu também um amigo espirituoso, de caráter e lealdade ímpares”, destacou na ocasião.
Clique aqui para rever a entrevista de Thomas Bastos.
Revista Consultor Jurídico, 29 de novembro de 2014, 15h15






Márcio Thomaz Bastos deixou herança de R$ 393 milhões

Criminalista mudou a forma de advogar e de investigar no Brasil.
Nelson Jr./SCO/STF
O legado de Márcio Thomaz Bastos é indiscutível. Criminalistas apontam que ele mudou a forma de advogar no país, com sua habilidade de traçar estratégias e suas sustentações orais memoráveis. Como ministro da Justiça do governo Lula, Thomaz Bastos também modernizou a investigação criminal, transformando a Polícia Federal em uma corporação independente, capaz de fazer grandes operações. Apontado por muitos como o advogado mais bem sucedido do Brasil, Thomaz Bastos deixou uma herança também expressiva para sua família: R$ 393 milhões.
O valor é a soma dos bens como imóveis, ações, aplicações em fundos de investimento e participação em empresas do criminalista. A divisão proposta em seu inventário é que metade fique para a viúva do advogado, Maria Leonor, e metade para sua filha, Marcela.
O criminalista nunca escondeu que se dava ao direito de cobrar honorários altos pelo serviço especializado que prestava. Sonia Ráo, advogada que atuou com Thomaz Bastos, disse, em entrevista à ConJur, que o advogado se classificava como “justo”, em relação ao dinheiro. E ela concorda: “Não era nem perdulário nem pão duro.” Thomaz Bastos morreu no dia 20 de novembro de 2014.
 é chefe de redação da revista Consultor Jurídico.
Revista Consultor Jurídico, 5 de maio de 2015, 7h30

COMENTÁRIOS DE LEITORES

38 comentários

ANTES DE 2002

Brennuiz (Outros)






A Laja Jato chega no defunto a complicar Palocci

Claudio Tognolli - Yahoo Notícias
Em 5 de maio de 2015, o site Consultor Jurídico estabeleceu: O legado de Márcio Thomaz Bastos é indiscutível. Criminalistas apontam que ele mudou a forma de advogar no país, com sua habilidade de traçar estratégias e suas sustentações orais memoráveis. Como ministro da Justiça do governo Lula, Thomaz Bastos também modernizou a investigação criminal, transformando a Polícia Federal em uma corporação independente, capaz de fazer grandes operações. Apontado por muitos como o advogado mais bem sucedido do Brasil, Thomaz Bastos deixou uma herança também expressiva para sua família: R$ 393 milhões.O valor é a soma dos bens como imóveis, ações, aplicações em fundos de investimento e participação em empresas do criminalista. A divisão proposta em seu inventário é que metade fique para a viúva do advogado, Maria Leonor, e metade para sua filha, Marcela.
Confira:
O numerário gerou indignação. A Justiça ordenou que essa notícia fosse retirada do ar:
Agora a Lava Jato avança no elo Marcio Thomaz Bastos-Palocci. Vejamos

Trecho de Veja:
“Por ordem do juiz Sergio Moro, o Banco Central bloqueou esta semana quase 31 milhões de reais das contas correntes do petista Antonio Palocci, ex-ministro dos governos Lula e Dilma preso na Operação Lava Jato. Investigado por relações obscuras com a empreiteira Odebrecht, cujos interesses representava no Palácio do Planalto, Palocci foi detido na última segunda-feira sob suspeita de ter recolhido propina e de atuar diretamente como intermediário dos interesses da Odebrecht, a maior empreiteira do país e cujo diretor-presidente, Marcelo Odebrecht, está atrás das grades desde junho do ano passado.Sergio Moro havia decretado o bloqueio de até 128 milhões de reais em recursos das contas de Palocci, e o mesmo montante para os assessores do petista Juscelino Dourado e Branislav Kontic e duas empresas investigadas na 35ª fase da Lava Jato, incluindo a Projeto Consultoria Empresarial e Financeira. Na Projeto Consultoria Empresarial e Financeira, empresa de Palocci, foram encontrados 30.064.080,41 reais, já bloqueados. Nas contas correntes do ex-ministro em três bancos, foram amealhados mais 814.648,45 reais, sendo o maior valor no Bradesco – 694.186,76 reais.”

Trecho de Época:
“ O Grupo Pão de Açúcar informou nesta terça-feira (8) ao mercado que não encontrou confirmação de serviços prestados para pagamentos de R$ 8 milhões feitos ao advogado Márcio Thomaz Bastos e ao ex-ministro Antonio Palocci. Desse total, R$ 5,5 milhões forampagos à empresa Projeto, de Palocci, quando ele coordenava a campanha da petista Dilma Rousseff em 2010, conforme revelou ÉPOCA. “Não foram encontradas evidências da prestação dos serviços correspondentes aos demais pagamentos, nem contratos de prestação de serviços que os amparassem”, disse a empresa, em comunicado sobre os pagamentos a sThomaz Bastos, ex-ministro da Justiça, morto em novembro 2014. Além dos R$ 5,5 milhões pagos a Palocci, não há registro do que Bastos fez com os R$ 2,5 milhões restantes. “
Outro trecho de Veja:
“Embora não militasse na área do direito concorrencial, parte dos pagamentos que Márcio Thomaz Bastos recebeu do Pão de Açúcar, ainda nos tempos em que Abilio Diniz controlava o grupo, era justamente para remunerar sua atuação no Cade – sobretudo na aprovação da fusão com as Casas Bahia.
No caso dos pagamentos a Antonio Palocci, a missão era outra: pendências na Receita Federal.
O MPF já está trabalhando em cima dos documentos relativos a essas contratações.”
Bem…
Em 2011 escrevi a sobre a vida dupla de Thomaz Bastos:

A Lava Jato chegou no defunto…