terça-feira, 8 de maio de 2012

CRÔNICA SALUDANDO A NOVA OBRA

Obs.: Já tinha publicado esta crônica no dia 05 passado, no blog auxiliar (odiariodeguararema.blogspot.com) - porém, dado o início da (s) obra (s) sem placa e nenhuma indicação de custo, responsabilidade técnica, licenciamento e o escambau que todo cidadão e toda cidadã teria direito numa administração civilizada, torno a publicar aqui meu protesto por falta de participação da cidadania nas decisões.


 OBRA? ORAS, OBRA SERVE PARA SE GASTAR... 
tendo em vista que não há nenhuma prioridade, vamos comemorar esse tal de Bule, Var.


                                         
                  O BULE "VAR" 


Sobre esse negócio de Bule var, a história que se conta é que, tendo percebido que não havia outra saída, o filho resolveu, então, cumprir o prometido para a mãe, colocando na conta da tal “promessa de campanha.”
Chamou de imediato o seu assessor mais próximo e mandou verificar onde se encontrava essa tal de Bule Var já que as tentativas do pai foram infrutíferas, o que prorrogou por décadas esse transe.
A tentativa do pai foi grande: Chamou os dois secretários de maior confiança e mandou que eles fossem a São Paulo comprar esse tal de Bule Var. Dinheiro não seria problema. Caso precisassem só pedir mais. E assim foi, isto é, foram para a Capital e vasculharam desde os empórios e fabriquetas mais escondidos até os Shoppings freqüentados pelas elites, pois já os existia na época.
Depois de uma semana, ou duas, a história não conta direito, o secretário mais corajoso ligou ao chefe, era assim que se tratavam intimamente. Você e Chefe. De preferência, com maiúscula, o Chefe e você, com minúscula. Ligou e explicou que chegou até a ameaçar com o trabuco os comerciantes que vacilavam na resposta, ou hesitando, como querendo lembrar-se de algo. Mas não encontraram nada parecido. Foram mandados para o Rio de Janeiro porque lá é que chegavam as coisas mais chics dos States.
Nem bem bateu o telefone do telefonema negativo recebido do Rio de Janeiro, saiu precipitadamente e tudo o mais ocorreu com tal rapidez que muita gente de Guararema ainda se lembra. Virou o tronco da bananeira e chispou para as Alterosas para nunca mais ouvir falar desse bule.
Acontece que o jovem tinha mais paciência e assim, convocou todos e todas que estavam ao seu comando, inclusive vereadores e suplentes, e exigiu concentração intensa, no amplo prédio que já podia ser usado, colocando à disposição telefones, celulares, aparelhos de fax, o que quisessem, para descobrir onde comprar esse tal Bule Var. Mas, não veio a luz, por isso, saíram todos desolados e desoladas.
Porém, a faxineira, que ficou o tempo todo lustrando os móveis e as vidraças novas, ouvindo aquela centena de falatório, a idéia entrou em sua cabeça e foi assim que no salão de beleza ela falou para a proprietária: Empresta esta revista? Devolvo logo amanhã mesmo. E levou logo cedo a velha revista, aberta justo na página onde havia uma reportagem de uma artista estrangeira elogiando a calçada musical do “boulevard” da Vila Isabel no Rio de Janeiro. A faxineira mostrou a revista para o seu chefe que mostrou ao chefe do chefe que mostrou ao secretário.
Estava descoberto o mistério. É o que se fala por aí. Ninguém sabe onde foi parar a revista e nem a faxineira.