O mal necessário
Armou-se uma seção especial para empurrar Santa Marina para o precipício da solidão dos
mortais. Heresia uma candidata virar
Santa a pouco menos de trinta dias da votação.
Para isso os iluministas contemporâneos presenciaram para a sociedade
civil, os seus pares e periferia: A
fórmula, do receituário de dessantificação da santa, o qual, depois, seria vertido - como curativo/corretivo - para as massas.
Dois quadros foram expostos magicamente no zoom da câmera.
O primeiro, a prima intelectual orgânica que despejou sua sabedoria em
10 sg (segundos), marcando:
- Ela...(a santa) caminha sozinha sobre o mar! Isto não pode acontecer
outra vez. Da segunda vez é mistificação! O que estão vendo não estão vendo!
É assim que entendi a fala da
grande socióloga Marilena Chauí.
O segundo, também intelectual, mas vinculado à Teologia da Libertação,
Leonardo Boff , foi capturado com a suavidade necessária, no zoom da câmera:
- Assim não dá Marina.
Depois, os marqueteiros despejaram a merda da poção, na massa do
caldeirão. Mas, isso, já não tem nada mais a ver com os dois, intelectuais
orgânicos. Pelo menos, eu acho.
Lá se foi Marina.