quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Comentários a: O ciclo político mudou. E a esquerda, olímpica? - CARTA MAIOR 09/11/2014



Comentários a:

O ciclo político mudou. E a esquerda, olímpica?




Marivaldo Antunes Netto - 09/11/2014
Ótima digressão sobre como se deu o Golpe de Estado no Chile. Mas não precisamos ir tão longe para mostrar que em momentos onde a população mostra certo gosto pela política, sobretudo quando se almeja transformações estruturais. No Brasil do início da década de 1960 tivemos isso. A direita brasileira cria em 1959 o IBAD (Instituto Brasileiro de Ação Democrática) e, em 1962 o IPÊS (Instituto de Pesquisa e Estudos Sociais), esse último tendo entre seus principais colaboradores o gen. Golbery que foi criador e chefe do SNI (Serviço Nacional de Informações) nos governos autoritários pós-abril de 1964. Nesse meio tempo tivemos o impedimento de João Goulart de assumir a presidência da República quando da renúncia de Jânio Quadros. Só foi possível depois do Brasil quase ingressar numa Guerra Civil e a aceitação do Parlamentarismo como solução de apaziguamento político. Aí já denotava uma prova de força da direita. Tanto o IPES e IBAD apoiado pelos empresários nacionais e a sua mídia, diuturnamente atacavam Goulart. Junte-se a isso o apoio estadunidense à causa golpista. E dizia-se à época que o golpe estava fora do horizonte, pois Goulart contava com um dispositivo militar nas Forças Armadas que garantiriam a legalidade. Mas acontece que o alto escalão das Forças Armadas já estava em consonância com a elite burguesa desde 1949 quando criaram a ESG (Escola Superior de Guerra) que ministrava cursos que estreitavam as relações com a modalidade capitalista liberal tão ao gosto daqueles que não querem fazer concessão aos trabalhadores. Só lembrar o lema "DESENVOLVIMENTO E SEGURANÇA" tão caro aos golpistas de então. "Desenvolvimento" sem distribuição de renda e "segurança" equivalente a não deixar que "os de baixo" participem da vida política do país.Para dar um ar de legitimidade ao golpe, manifestações de rua como a "Marcha da Família pela Liberdade", organizados pelos órgãos acima citados foram colocados em ação. A elite na rua e um séquito de "bobos da corte" a desfilarem bandeiras e rosários. Sombras desses tópicos cobrem novamente o cenário brasileiro e a vitória de DILMA trazem à memória a engenharia do golpe de 1964. A direita constrói novamente seu discurso. Não aceitam que a senzala se manifeste. Devem todos se recolher às suas insignificâncias. E novamente a casa-grande, com sua empáfia e arrogância quer dirigir as vidas dos que produzem a riqueza no país. Novamente ouço ecos e reverberações do "Desenvolvimento e Segurança".

Luiz Herlain - 08/11/2014
"Ótima análise comparativa de golpe Internacional, tenho alertado já alguns anos e nessa eleição com muita enfase na construção do "Golp'88'Cwb'PR" também de grande interesse Internacional do "Capital Feudal" em profunda crise Financeirista dos Republicanos Guerreiros Ortodoxos contra o mundo de DEMOCRACIAS burguesas mantidas nas comunicações de massas que prevaleceram nos Estados do Sul pela alta periculosidade do aparelhamento do Paraná, em avançado estado de putrefação política mas sem dúvida no centro dos demais estados da região mais violenta do capitalismo selvagem FEUDAL "Formal e Informal" com amplos "cartéis" de Mídia, Logística e com a PRIVADO com inteiro poder sobre as instituições "públicas". Vale a pena aprender com Norte,Nordeste e Leste como avançar com a emancipação pela cidadania, aumentando a aliança Popular na luta do plebiscito pela reforma política da sociedade retomando a História do Brasil a partir de 13 de março de 1964 com retoma da das reformas de base na região e no País"

Carlos Salgado - 08/11/2014
Campanário, meu irmão,

estava com saudades de sua audiência entre nós.

Meu querido, que resumo sintético que você fez do noticiário da grande imprensa.

Viver (e conversar) apenas com doutos e diletos o fez acreditar nas verdades repetidas mil vezes. Vê-se que para além de desejar nos convencer cinicamente, você também crê nesse palavrório agressivo e violento.

Destaco, ainda, sua grande capacidade discursiva, um primor. Ler seus comentários é sempre um aprendizado sobre como desconstruir o interlocutor, inverter sentidos com sarcasmo e ironia fina.

Meu irmão, desarme-se. Tanta inteligência pode também servir ao bem, a construção e ao amor.

Te amo, um abraço!

Carlos.

Milton Campanario - 08/11/2014
O que está escrito é uma das maiores bobagens que vi escritas no editorial. Um passo em falso e o velho e bom PT fazia oposição ao PSDB ou ao PMDB, tanto que votou contra o Parlamentarismo, o Plano Real, a lei de Responsabilidade Fiscal, para não falar do voto contrário ao Colégio Eleitoral que elegeria Tancredo. Agora a sisuda e mal humorada Dilma - que mais parece uma boneca de plástico escondendo a sua sisudez - logo após sua vitória eleitoral segue a trincheira dita conservadora: corta gastos sociais e financiamento para a indústria, aumenta tarifas e dá uma punhalada em sua palavra aumentando os juros, medidas tucanas por excelência. Oposição é para isto: vigiar o governo e manter em alerta a sociedade. Falar das figuras físicas de Serra, Aécio e Alkimin é golpe abaixo da cintura, tal qual as "narinas do Aécio". Teríamos que falar do Botox do Lula e sua alegria perto de uma 51, das plásticas de Dima e seu cabeleireiro, do visual mordômico do Temer, etc e tal. O que quer a situação: um diálogo sobre o Petrolão, uma desculpa às incursões bolivarianas no país, um apoio de neo-tucanos como o Meirelles na Fazenda ou ainda um cala boca aos aliados peemedebistas, ao Maluf, Renan, Sarney et caterva? A democracia é isto. Embate dos contraditórios sociais, políticos e econômicos. Agora comparar esta senhora presidenta com Allende e a oposição com os militares chilenos - os mais sangrentos da AL - é iludir a nossa sociedade e o diagnóstico da política brasileira. Golpismo retórico. Poder não é dado por uma eleição. Poder é saber comandar uma nação cumprindo a palavra dita aos brasileiros. Lembremos que Dilma negou-se a assinar uma carta neo-liberal aos brasileiros, como fez Lula. Seguirá a política de Lula-1? Não acredito, pois a presidenta sabe de tudo, menos do que rola embaixo do tapete da sua base aliada e de setores do próprio PT, agora definitivamente um partido vendido ao poder pelo poder. Onde está o projeto nacional? Nas palavras e promessas de Dilma? Ou na sua auto-desconstrução?

Mário Eustáquio Gontijo - 08/11/2014
Muito bons os artigos de Carta Maior. Recomendo.

Certamente leio notícias de diversas correntes de pensamento e preferências políticas, tais como: jornais do Rio, São Paulo, Minas, Brasília etc; revistas Carta Capital, Veja, Isto É etc.



Tudo isto graças às facilidades de uma Internet livre, num país LIVRE DE DITADURA (seja ditadura militar ou civil). 



Todavia os artigos publicados por "Carta Maior" merecem também uma boa leitura, para que o leitor eleitor tenha versões dos diversos seguimentos e ideários políticos e econômicos, seja de direita, centro ou esquerda. Seja CONSERVADOR OU PROGRESSISTA!



A partir da captação de informações e conhecimentos amplos é possível que a sociedade possa ficar mais atenta aos pleitos políticos periódicos, sem ter que se desgastar com tantos achincalhes de baixíssimo nível como ocorreu nas eleições recentes, entre os diversos candidatos e a exacerbação dos internautas nas diversas redes sociais.



Outrossim levará os candidatos a cargos executivos ou legislativos a serem mais claros em suas colocações de planos e projetos de ação. Também a sociedade ficará mais atenta na escolha de deputados e senadores em especial, vez que esses SÃO OS "FAZEDORES DAS LEIS" a serem seguidas pelo EXECUTIVO e pela sociedade. 



Tal fato é importante pois o que temos NO BRASIL DE HOJE, SÃO PARLAMENTARES E LEGISLADORES MUNICIPAIS, ESTADUAIS E FEDERAIS (vereadores, deputados e senadores), MAIS INTERESSADOS EM CRIAR LEIS CORPORATIVISTAS, para atender seus próprios interesses e FÓRUM ESPECIAL, daí o fato da LEI DO "FICHA LIMPA" ainda estar de fraldinhas!

Ralph de Souza Filho - 07/11/2014
Organizemo-nos, com o intuito de, em reforçando o Estado Democrático de Direito, através Plebiscito à abrir caminho para a implementação de uma Constituinte exclusiva e, daí, Soberana, cujos membros, após sua formatação, sejam proscritos da possibilidade de exercício de quaisquer cargos públicos ad eternum, a evitar conflitos de interesses futuros e, ademais, possibilitando ampla e profunda Reforma Política, Eleitoral, deste Judiciário apodrecido, tributária progressiva, ou, seja , paga mais quem ganha mais e, ademais, regulamentado os principais artigos da Constituição de 1988, até o presente momento intocados. Com uma pressão organizada dos Sindicatos, da OAB, da CNBB, de todos os Movimentos Sociais já amadurecidos e atuantes, e, particularmente, de uma progressiva e pedagógica atuação sobre a capacidade de reflexão da maioria dos jovens, politizando-os para combater a exploração parasitária destes especuladores insensíveis e sem escrúpulos, restabeleceremos a estrutura fragilizada do Estado Industrial e produtivo, chave mestra na condução de nossas políticas emancipatórias e Nacionalistas Trabalhistas, a reforçar o fundamento básico de nossa Independência, enquanto Nação... Saudações Cordiais, do Planta do Deserto a quem, basta, tão somente, o orvalho do alvorecer....

Dan Moche Schneider - 07/11/2014
Dá até arrepios tanta parecença histórica. Possamos aprender com a história chilena e não repetir os mesmos erros. Confio na coragem e inteligência da nossa presidenta.

fernando luís - 07/11/2014
De dedo em riste, um poço de arrogância!

Marcia Eloy - 07/11/2014
Concordo com Fabio, mas vou além. O governo e o PT erraram ao não dar uma resposta as manifestações de junho. era hora de entrar em cadeia nacional, depois de tudo que aconteceu, invasão da Câmara dos Deputados do RJ, invasão do Itamarati, subida na rampa do Palácio, Subida no teto do Congresso Nacional, etc...Olharam tudo como se fosse estripulias de adolescentes. Não era. Já mostrava o início de algo estranho no ar. Acharam que com o horário eleitoral poderiam mostrar tudo o que fizeram. quase deu... Mas não contavam, e deveriam contar, com o que a revista Veja fez e com o boato que foi espalhado pelo país sobre a morte do doleiro Youssef. Isto tirou de Dilma os 8 pontos de vantagem que ela havia conquistado. É sempre bom conhecer o campo adversário e não ser ingênuo.

Made in Chorrochó - 07/11/2014
Seria muito bom, se os partidos de oposição ao governo federal, apresentassem propostas construtivas e cobrassem do governo cumprimento de metas e promessas ,investigações de ilícitos praticados por todos,inclusive os de responsabilidade dos tucanos e PSB, se é que têm a idoneidade e imparcialidade que dizer ter(que duvido muito). Caso contrário , a sociedade vai vê-los como baderneiros da instabilidade política e golpista de ocasião.

FABIO PESSOA - 06/11/2014
Há um clima golpista no ar, não tenham dúvidas. "O carnaval das direitas" (NAPOLITANO:2014) está nas ruas mais uma vez. Nunca engoliram o PT, mesmo depois do documento moderado e pacificador divulgado antes das eleições de 2002 intitulado "Carta ao povo brasileiro". 

Não houve, nesses doze anos, nenhuma ação de radicalização por parte do governo, radicalização aqui entendida como transformação profunda na base produtiva, na estrutura da terra, nos monopólios da mídia, na progressividade da cobrança de impostos ou na remessa de lucro para o exterior. Ainda assim, as velhas elites de sempre, incluindo aquelas que pragmaticamente se aliam ao PT em épocas eleitorais, conspiram agora e sempre para derrotá-lo e tirá-lo do governo. O argumento? Dentre ouros, a ideia de que a alternância do poder faz bem para a democracia... Sem dúvida, só falta combinar com o PSDB paulista, no comando do governo de SP há duas décadas! 

Está claro que a transferência de renda via projetos sociais ou a manutenção de níveis de emprego e aumento real do salário não mais se sustentam sem que sejam alteradas a estrutura produtiva e o acúmulo de renda por essa minoria rica e golpista. A luta de classes não foi criada pelo PT. É um produto da história e está hoje mais viva do que nunca, na vida econômica cotidiana e nos discursos e práticas políticas. Está na hora de enfrentar o dragão, pois a história não perdoa quem vacila.. 

A cordialidade do povo brasileiro não exclui sua histórica resistência à escravidão, exploração do trabalho e ditaduras. As direitas se organizam ferozmente e não irão mais aceitar derrota nas urnas. Precisamos de uma governabilidade de outro tipo, para além desse Congresso e sua estrutura oligárquica, clientelística. Organização popular e uma frente política que garanta não apenas a manutenção das conquistas, mas a ampliação das conquistas.

Jorge Luiz Faria Couto - 06/11/2014
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Jorge Luiz Faria Couto - 06/11/2014
Mas é de Lula e cia. que se espera alguma estratégia para um enfrentamento? Ora, por favor, a coisa é séria demais. Vamos deixar de lado as ilusões!

Eugenia Vitoria Camera Loureiro - 06/11/2014
O tom do artigo me parece exagerado. A oposição no momento está mais para provocações e bravatas. Concordo com o Senador Humberto Costa. Moderar o palavreado. Romper a legalidade burguesa? Ah, tenha dó! A presidente eleita ainda nem tomou posse!

PAULO DE TARSO S SANTOS - 06/11/2014
Além do brilhantismo constante de seus artigos, este, particularmente, nos remete à tempos e preocupações que não podem se dissolver. Apesar de otimista, revejo minhas posições sobre as "tentações" que parte dos setores militares podem se deixar acometer...

Parabéns!