PSDB acerta com TSE regras para auditoria nos resultados da eleição
O PSDB acertou nessa terça-feira, 6, com o Tribunal Superior
Eleitoral os últimos detalhes para a liberação dos dados das urnas da última
eleição presidencial. Os dados estarão à disposição do partido nas próximas
horas e a equipe de trabalho já montada para fazer a auditoria da votação
eletrônica deve começar a trabalhar na próxima semana, mais de dois meses
depois de o TSE julgar o pedido feito pelo partido. As informações foram
confirmadas pelo advogado da legenda e coordenador dos trabalhos, Flávio Henrique
Costa. A expectativa é de que um relatório final seja divulgado em 60 dias.
Até o acordo
costurado nesta semana, pessoas ligadas à equipe que vai fazer a auditoria se
mostravam incomodadas com a demora na liberação dos dados pelo TSE. Segundo o
advogado do PSDB, detalhes técnicos impediram que o repasse fosse feito antes.
O partido
concordou com duas exigências feitas pelo presidente do Tribunal Superior
Eleitoral, Dias Toffoli: manter confidencialidade dos dados até a conclusão do
processo e apresentar um plano de trabalho que inclui um relatório final
fundamentado. "Nosso trabalho é, a partir dos dados do TSE, fazer
verificação da operacionalização dos dados do sistema, do processo de
totalização dos votos e das transmissões dos resultados pelos diversos órgãos
da Justiça Eleitoral", disse Costa.
Coordenador
jurídico da campanha de Aécio e autor do pedido de auditoria, o deputado Carlos
Sampaio (PSDB-SP) diz que a revisão dos dados trará segurança para o processo
eleitoral. Segundo Sampaio, há desconfiança sobre o pleito e só a auditoria
poderá saná-las.
A equipe
responsável pela auditoria está praticamente fechada, mas o coordenador dos
trabalhos evita citar todos os integrantes porque os contratos ainda não estão
assinados e os funcionários também terão de se comprometer com as exigências da
Justiça Eleitoral. Mas já certo é que o escritório Opice Blum, que trabalha com
o PSDB, fará parte do grupo.
Em audiência no início de novembro, o TSE
rejeitou o pedido do PSDB de que fosse feita uma auditoria oficial nos dados,
mas autorizou a liberação de documentos para que o partido fizesse sua própria
revisão.