Notícias ao Minuto
1 dia atrás
O ex-tesoureiro da Prefeitura de Campina Grande (PB) Rennan Trajano Farias afirmou ao jornal Folha de S.Paulo que, em 2010, fez entregas de dinheiro em espécie ao então candidato ao Senado Vital do Rêgo (PMDB-PB), hoje ministro do TCU (Tribunal de Contas da União).
As acusações foram avançadas pela Folha, e segundo Farias, o dinheiro foi desviado de um contrato de R$ 10,3 milhões entre a prefeitura e uma empreiteira que não executou os serviços.
Em um vídeo gravado pela TV Folha e publicado nesta segunda-feira (27), Farias diz que também fez entregas ao irmão do ministro, o deputado federal Veneziano Vital do Rêgo (PMDB-PB), e a firmas que atuavam nas campanhas da família.
A publicação lembra que, em 2010, o ministro do TCU disputou e ganhou uma vaga no Senado pelo PMDB-PB. Veneziano era prefeito de Campina Grande. Os dois negam as acusações.
No TCU, Vital será um dos nove ministros a analisar as contas de 2014 da presidente Dilma Rousseff. A Folha revela que ele é ligado ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Segundo informações, a análise é vista pela oposição como possível via para um processo de impeachment.
Farias era diretor financeiro da Secretaria de Finanças e responsável pelo fluxo de caixa do município. Foi uma importante peça das duas gestões de Veneziano (2005-2012) em Campina Grande.
Ainda de acordo com a publicação, na segunda gestão, ele e Veneziano se distanciaram e romperam. Farias argumenta que isso ocorreu porque os Vital do Rêgo deixaram de reconhecer as dívidas que ele contraía com agiotas para financiar as campanhas do grupo. O ex-tesoureiro disse que "perdeu tudo" para quitar os compromissos e ainda deve cerca de R$ 1 milhão,