Delator identifica mais depósitos de propina da Odebrecht no exterior
De São Paulo
O ex-gerente de Engenharia da Petrobras Pedro Barusco afirmou em
interrogatório nesta quinta-feira (29) que identificou 'mais depósitos'
de offshores da Odebrecht no exterior. Barusco disse em sua delação
premiada, iniciada há cerca de um ano, à força-tarefa da Operação Lava
Jato que havia recebido propina da maior empreiteira do país, no
exterior, via offshore Construtora Del Sur. "A identificação das origens
(do pagamento de propina), quando eu fiz meu depoimento era um, hoje já
tem um nível de conhecimento bastante maior", afirmou.
Em julho deste ano, a Procuradoria da República revelou contas
supostamente usadas pelo grupo em nome de empresas offshores Smith &
Nash Engeinnering Company, Arcadex Corporation, Havinsur S/A, Golac
Project, Rodira Holdings, Sherkson Internacional. A partir dessa
descoberta, Barusco afirma que identificou novos repasses da Odebrecht.
"Da Odebrecht, sempre (recebi) lá fora. Sempre recebi em contas na
Suíça. Eu consegui identificar recebimento só de uma fonte que eu
recebia da Odebrecht, que era aquela Constructora del Sur. Quando o
Ministério Público fez uma apresentação, eu vi na televisão, colocou que
outras contas, outras offshores seriam da Odebrecht, eu identifiquei,
nos meus documentos bancários, depósitos dessas novas offshores que
foram colocadas pelo Ministério Público", disse Barusco.
"Eu
consegui identificar mais depósitos que seriam supostamente da
Odebrecht. Fiz essa revisão e mandei para o Ministério Público, para o
Dr. Deltan (Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Lava Jato). Eu
tenho lá com o Dr. Deltan a identificação de depósitos daquelas contas
offshores que foram colocadas pelo Ministério Público."
Ao juiz
federal Sérgio Moro, que conduz as ações da Lava Jato, Pedro Barusco
afirmou que sobre os depósitos em suas contas no exterior, 'só
verificava na conta se caiu determinada quantia, mais nada'.
"Às
vezes, falava: vai cair US$ 200 mil, US$ 300 mil. Eu identifiquei uma
vez que caiu. Normalmente, não vinha, mas dessa vez veio a origem. Eu
identifiquei que seria da Odebrecht. Teria que cair 'X' da Odebrecht,
caiu e veio dessa Construtora Del Sur. Eu lembro que eu fiquei com isso
na cabeça", afirmou Barusco.
Segundo a denúncia do Ministério
Público Federal, a Construtora Del Sur fez 9 transferências, de cerca de
US$ 1 milhão, em 2009. Barusco confirmou estes depósitos e disse que
identificou outros de offshores reveladas pela Procuradoria.
"Eu
tinha na documentação bancária algumas origens Innovation Research,
Klienfeld, só que eu não relacionava de quem eu tinha recebido. Eu tinha
a origem, mas não sabia como relacionar. Quando o Ministério Público
falou que era da Odebrecht, eu identifiquei que era da Odebrecht."
A Odebrecht nega taxativamente envolvimento no esquema de corrupção instalado na Petrobras.
Ampliar
21.set.2015
- O executivo José Antunes Sobrinho (de camisa azul), um dos donos da
Engevix, realiza exame de corpo delito no IML (Instituto Médico Legal)
de Curitiba (PR) para a realização de exame de corpo de delito. Ele foi
preso preventivamente em Santa Catarina. O executivo é suspeito de ter
pago propinas em cima de contratos da empreiteira com a Eletronuclear
que somavam R$ 140 milhões, entre 2011 e 2013. Os valores teriam sido
pagos para a Aratec, empresa controlada pelo ex-presidente da
Eletronuclear Othon Luiz Pinheiro da Silva. A Polícia Federal deflagrou a
19ª fase da Operação Lava Jato mirando em pagamentos no exterior Leia mais Geraldo Bubniak/AGB/Estadão Conteúdo
Leia mais em: http://zip.net/bnshTl
Delator identifica mais depósitos de propina da Odebrecht no exterior

De São Paulo
Em julho deste ano, a Procuradoria da República revelou contas supostamente usadas pelo grupo em nome de empresas offshores Smith & Nash Engeinnering Company, Arcadex Corporation, Havinsur S/A, Golac Project, Rodira Holdings, Sherkson Internacional. A partir dessa descoberta, Barusco afirma que identificou novos repasses da Odebrecht.
"Da Odebrecht, sempre (recebi) lá fora. Sempre recebi em contas na Suíça. Eu consegui identificar recebimento só de uma fonte que eu recebia da Odebrecht, que era aquela Constructora del Sur. Quando o Ministério Público fez uma apresentação, eu vi na televisão, colocou que outras contas, outras offshores seriam da Odebrecht, eu identifiquei, nos meus documentos bancários, depósitos dessas novas offshores que foram colocadas pelo Ministério Público", disse Barusco.
"Eu consegui identificar mais depósitos que seriam supostamente da Odebrecht. Fiz essa revisão e mandei para o Ministério Público, para o Dr. Deltan (Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Lava Jato). Eu tenho lá com o Dr. Deltan a identificação de depósitos daquelas contas offshores que foram colocadas pelo Ministério Público."
Ao juiz federal Sérgio Moro, que conduz as ações da Lava Jato, Pedro Barusco afirmou que sobre os depósitos em suas contas no exterior, 'só verificava na conta se caiu determinada quantia, mais nada'.
"Às vezes, falava: vai cair US$ 200 mil, US$ 300 mil. Eu identifiquei uma vez que caiu. Normalmente, não vinha, mas dessa vez veio a origem. Eu identifiquei que seria da Odebrecht. Teria que cair 'X' da Odebrecht, caiu e veio dessa Construtora Del Sur. Eu lembro que eu fiquei com isso na cabeça", afirmou Barusco.
Segundo a denúncia do Ministério Público Federal, a Construtora Del Sur fez 9 transferências, de cerca de US$ 1 milhão, em 2009. Barusco confirmou estes depósitos e disse que identificou outros de offshores reveladas pela Procuradoria.
"Eu tinha na documentação bancária algumas origens Innovation Research, Klienfeld, só que eu não relacionava de quem eu tinha recebido. Eu tinha a origem, mas não sabia como relacionar. Quando o Ministério Público falou que era da Odebrecht, eu identifiquei que era da Odebrecht."
A Odebrecht nega taxativamente envolvimento no esquema de corrupção instalado na Petrobras.
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21.set.2015
- O executivo José Antunes Sobrinho (de camisa azul), um dos donos da
Engevix, realiza exame de corpo delito no IML (Instituto Médico Legal)
de Curitiba (PR) para a realização de exame de corpo de delito. Ele foi
preso preventivamente em Santa Catarina. O executivo é suspeito de ter
pago propinas em cima de contratos da empreiteira com a Eletronuclear
que somavam R$ 140 milhões, entre 2011 e 2013. Os valores teriam sido
pagos para a Aratec, empresa controlada pelo ex-presidente da
Eletronuclear Othon Luiz Pinheiro da Silva. A Polícia Federal deflagrou a
19ª fase da Operação Lava Jato mirando em pagamentos no exterior Leia mais Geraldo Bubniak/AGB/Estadão Conteúdo