Zavascki: a Teori na prática é outra: ou o desMOROnamento da Lava Jato
Por Claudio Tognolli | Claudio Tognolli – 8 horas atrás
O
ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que
o inquérito sobre o esquema de corrupção na companhia estatal
Eletronuclear deve ser separado do processo da Petrobras.
O caso saiu das mãos do juiz Sergio Moro, da 13ª Vara da Justiça Federal no Paraná.Com a medida, os autos relacionados à estatal do setor elétrico deverão ser encaminhados à Justiça Federal no Rio de Janeiro, sede da Eletronuclear.
E o segundo ataque de Teori:ele já havia fixado pela suspensão do processo por meio de liminar concedida no começo de outubro, a pedido da defesa de Flavio Barra, executivo da empreiteira Andrade Gutierrez. Os advogados de Barra postularam que o caso não tinha relação com o esquema na Petrobras.
Lembrem-se: a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) e o ex-ministro Paulo Bernardo foram citados em depoimentos da Lava Jato. O esquema era de fraudes em contratos de serviços prestados no Ministério do Planejamento por uma empresa de São Paulo.
Já escrevi sobre isso:
https://br.noticias.yahoo.com/blogs/claudio-tognolli/lava-jato-stf-do-pt-entra-para-a-história-das-023858327.html
E Zavascki concordou com a tese de que o caso não se relacionava ao inquérito da Lava Jato e concluiu que não deveria mais relatá-lo no STF.
O processo foi redistribuído. E Dias Toffoli acabou sorteado. E as investigações em primeira instância deixassem de ser comandadas por Moro.
A bomba da Eletronuclear envolve o senador Edison Lobão (PMDB-MA), ex-ministro de Minas e Energia. O dono do UTC, Ricardo Pessoa, em um dos seus depoimentos, susteve que fez encontro Lobão, em 2014. E este lhe pediu R$ 30 milhões para campanhas eleitorais do PMDB.
Refere Ricardo Pessoa que o então ministro solicitou um porcentual entre 1% e 2% do valor total do custo das obras tocadas por um consórcio formado pela UTC e mais seis empreiteiras na usina de Angra 3, cuja administração cabe à estatal Eletronuclear.
Já te contei aqui sobre quem divide a cela com Pizzolato: um velho aplicador de golpes junto de…Edson Lobão!
https://br.noticias.yahoo.com/blogs/claudio-tognolli/saiba-que-está-na-cela-com-pizzolato-velho-155707144.html
Dividir para conquistar
Demorou mas fizeram no STF o que o PT sabe fazer de melhor: dividir para conquistar.
Dividir para conquistar (ou dividir para reinar) (derivado grego: διαίρει καὶ βασίλευε), é ganhar o controle via fragmentação das maiores concentrações de poder, impedindo que se mantenham individualmente.
O conceito refere-se a uma estratégia que tenta romper as estruturas de poder existentes e não deixar que grupos menores se juntem.
Dividir
para conquistar foi utilizado pelo governante romano César (divide et
impera), Filpe 2 da Madedônia e por ninguém menos que Napoleão(divide ut
regnes). Aulo Gabíneo também repartiu a nação judaica em cinco para
poder dominar, relata Flavio Josefo em A Guerra dos Judeus.
Maquiavel
cita uma estratégia militar parecida no livro IV de Dell'arte della
guerra: para Maquiavel, “ um capitão deve se esforçar ao máximo para
dividir as forças do inimigo, seja fazendo-o desconfiar dos homens que
confiava antes ou dando-lhe motivos para separar suas forças,
enfraquecendo-as”.O STF do PT entra para a história das enciclopédias, contribuindo armagedonicamente para o verbete “Dividir para conquistar".
Lenta, mas de maneira plural, oblíqua, ladina, começou o “DesMOROnamento da Lava Jato”.