domingo, 27 de dezembro de 2015

LUCIANA GENRO - “As pessoas se sentem traídas”





“As pessoas se sentem traídas”


FOTO: LINCON ZARBIETTI / O TEMPO
LUCIANA GENRO
Ex-candidata do PSOL defende estratégia contra Cunha e Temer
PORTO ALEGRE. Após causar polêmica nas redes sociais na semana passada, ao defender a convocação de eleições gerais em 2016, Luciana Genro se diz preocupada com os “desdobramentos do impeachment na Câmara” e com o vice-presidente, Michel Temer, “ensaiando passos para uma ruptura” com o governo.

A presidente do PSOL afirmou que seu posicionamento – que dominou os assuntos mais comentados do Twitter – conseguiu pautar um debate importante no Brasil. “Teve essa repercussão porque há um forte sentimento de estelionato eleitoral”. Para ela, nem Temer e nem o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, têm legitimidade para conduzir o país.

Para evitar que Temer ou Cunha assumam o comando do país com o impeachment de Dilma, a única saída possível para Luciana seria a renúncia da presidente e a convocação de eleições gerais no ano que vem. 
 
Segundo ela, o governo perdeu a credibilidade: “As pessoas estão se sentindo traídas. Eu não me sinto confortável em ir a uma mobilização para dizer simplesmente ‘fica Dilma’. A gente precisa dar uma resposta para esse sentimento de traição”.