DATAFOLHA: Protestos pró e contra o Impeachment têm perfis parecidos de manifestantes
A pauta é diferente e as palavras de ordem são por objetivos opostos, mas uma pesquisa do Datafolha, publicada pela Folha de S.Paulo, mostram que os participantes das manifestações pró e contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff têm semelhanças entre si.
A média de renda e instrução dos manifestantes é superior, por exemplo, à da cidade de São Paulo. A pesquisa também mostra que o grupo que está indo às ruas, independente do objetivo final, demonstra uma taxa expressiva de pessoas economicamente ativa.
No último protesto na Avenida Paulista, dia 13 de março - a favor do Impeachment -, 77% dos manifestantes tinham Ensino Superior Completo. Foi uma proporção parecida a que foi encontrada na Praça da Sé, onde mais de 45 mil pessoas protestaram contra o Impeachment, na última quinta-feira, 31. Por lá, 73% das pessoas tinham formação universitária.
A renda também mostraram semelhanças entre os dois grupos. Na Praça da Sé, mais da metade dos entrevistados declarou renda entre 5 e 50 salários mínimos. Enquanto na Paulista a proporção dessa faixa salarial foi de seis em cada 10 pessoas.
Mais de 80% dos manifestantes de ambas as manifestações são economicamente ativos, mas os grupos mostram diferenças nas profissões. No protesto pró-governo, 16% eram funcionários públicos (contra 5% entre os a favor do Impeachment). Na Paulista, mais de 12% dos entrevistados eram empresários - três vezes mais do que na Sé.
A pesquisa do Datafolha ouviu 1.313 pessoas na Praça da Sé, no dia 31, e 2.262 na Paulista, no dia 13. A margem de erro das duas pesquisas é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
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