quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Por que o PSDB, agora, é a favor do Bolsa Família?


CONVERSA AFIADA - PAULO HENRIQUE AMORIM

Publicado em 31/10/2013

Por que o PSDB, agora,
é a favor do Bolsa Família?

A mulher do Cerra, a estadista chilena, chamou de “Bolsa Vagabundagem”…






Conversa Afiada reproduz divertido comentário do Fernando Brito sobre a charge do Bessinha … Esse Bessinha …

POR QUE O PSDB, AGORA, É A FAVOR DO BOLSA FAMÍLIA?


De José Antonio Lima, hoje, na CartaCapital:

Na quarta-feira 30, dia em que o Bolsa Família completou dez anos, o senador Aécio Neves (MG), presidente nacional do PSDB, divulgou um projeto de lei inusitado. O tucano deseja tornar permanente o programa que, por anos, atacaram. A mudança de posição chama a atenção, mas não é uma surpresa completa. Ela vem sendo construída por meio de declarações há algum tempo, mas agora toma a forma de um ato político, cujo objetivo é tentar remodelar a imagem do PSDB às vésperas das eleições de 2014.

No primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o PSDB se dedicou a deslegitimar o Bolsa Família. Tucanos de várias estirpes afirmavam, como revela uma busca simples no próprio site do partido, que o programa era “esmola governamental”, “esmola eleitoreira”, feito para “atingir as metas eleitorais do PT”, “assistencialismo simplista que não apresenta benefícios concretos”. Em editorial intitulado “Bolsa Esmola” e publicado em 13 de setembro de 2004, o PSDB afirmava que o programa “reduziu-se a um projeto assistencialista” e “resignou-se a um populismo rasteiro”.

Esse discurso criou dois grandes problemas para o PSDB.

O primeiro é dificultar, diante da consagração do programa, que o eleitor ligue o partido ao Bolsa Família. Teria sido fácil para o partido lembrar que o Bolsa Família teve início como uma junção de quatro programas do governo tucano de Fernando Henrique Cardoso (Bolsa Escola, PNAA, Bolsa Alimentação e Auxílio-Gás) e que a ideia de unir os benefícios foi dada a Lula por um tucano, o governador de Goiás, Marconi Perillo. As críticas distanciaram o PSDB da origem do projeto. E abriram espaço para o PT assumir a paternidade e os dividendos eleitoras do programa a partir da sua ampliação e sofisticaçãoHoje o governo é premiado pela instituição do Bolsa Família, reconhecido mundialmente.

O segundo problema criado pelo discurso do PSDB foi atrair para sua base eleitoral alguns dos setores mais reacionários da sociedade brasileira, os Almeidinhassobre os quais escreve Matheus Pichonelli. Essa é uma fatia do eleitorado capaz de produzir furor nas redes sociais ao questionar o sufrágio universal, mas insignificante demais para eleger alguém a um cargo público. Como afirmou a ministra Tereza Campello a CartaCapital recentemente, não se discute mais quem é contra ou a favor do Bolsa Família.

Com Aécio Neves no comando, a cúpula do PSDB parece estar ciente de que o Bolsa Família é quase uma unanimidade. Muitos dos militantes do partido, entretanto, precisarão passar por uma reeducação. Em maio, na convenção que elegeu Aécio presidente do partido, o senador mineiro afirmou que o “DNA” do PSDB“está em todos os programas de transferência de renda”. Antes dele, porém, tucanos de menor expressão subiram ao palco para reclamar do “bolsa esmola”.

Leia a íntegra no site da Carta.

Por: Fernando Brito



Clique aqui para ler “Lula e o Bolsa: nenhuma estatística mede a dignidade !”

sábado, 5 de outubro de 2013

MARINA SE FILIA AO PSB




Marina se filia ao PSB, apoia a candidatura de Eduardo Campos, mas não diz se será sua vice

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  dgard Matsuki
Do UOL, em Brasília
05/10/201316h29 Atualizada 07/10/201309h18






Após ter o registro do partido Rede Sustentabilidade negado pelo TSE na última quinta-feira (3), a ex-senadora Marina Silva se filiou oficialmente ao PSB em cerimônia realizada neste sábado (5) em Brasília.
Durante apresentação, Marina afirmou dar total apoio à candidatura de Eduardo Campos à Presidência. Porém, ela não confirmou a informação de que seria vice do atual governador de Pernambuco nas eleições de 2014.

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O apoio de Marina ao presidenciável Campos fortalece a candidato do líder do PSB. Na última pesquisa Datafolha, a fundadora da Rede aparecia com intenção de voto de 26% do eleitorado enquanto Campos tinha apenas 8% das intenções de voto. Nesta mesma pesquisa, a presidente Dilma Rousseff aparecia com 35% dos votos, e Aécio Neves, 13%.
Durante a cerimônia de adesão ao PSB, Marina Silva afirmou ter aceito a "filiação simbólica" por contar com reconhecimento da Rede  como um partido legítimo por parte do PSB: "O PSB deu uma chancela que o TSE não quis dar para a Rede", afirmou.
Marina também afirmou que a adesão ao partido de Campos deve ser temporária. Brincando com a primeira letra do sobrenome do governador de Pernambuco, a fundadora da Rede apontou que a escolha do apoio à Campos seguiu um "Plano C".
"Muitas vezes me perguntavam se esse era um plano A ou B. Posso dizer que esse é um plano C. O plano C é o Eduardo Campos. Escolhemos por que ele sempre nos apoiou no começo. Tivemos uma carta de apoio dele já quando resolver criar a Rede", disse
Marina falou que as outras possibilidades após a negação do registro do Rede seriam "virar uma candidata da internet" ou "entrar em uma legenda de aluguel".
Ela disse que descartou a hipótese de não apoiar ninguém por ser melhor para a política. "Todo mundo ia curtir a Marina como candidata à internet. Se eu fosse a Madre Tereza da política, ia fazer o previsível. Mas não quis fazer isso", falou.
Ela disse que não aceitou o convite de outro partido para ser candidata para não repetir 2010, quando entrou no PV para disputar as eleições. 
"Quero agradecer a todos os partidos que ofereceram a vaga para mim. Mas não quis fazer como em 2010 no Partido Verde. Na época, fui com esperança, mas infelizmente o pragmatismo derrubou a esperança", afirmou, numa alusão à frase célebre de Lula, " a esperança venceu o medo".
Durante a cerimônia, que contou com integrantes da Rede e do PSB, Campos se disse surpreso com o "Plano C" de Marina e disse que, de certa forma, terá de repensar a plataforma da candidatura.
"Sinceramente, eu esperava a candidatura de Marina como presidente pela Rede pois achava que o TSE daria um maior prazo para ela colher as assinaturas que faltavam", afirmou.
Em relação à informação de que Marina integraria a chapa para 2014 como vice de Eduardo Campos, ambos desconversaram. Marina falou que tudo depende de uma decisão da Rede.
"Eu não sou uma militante do PSB, eu sou uma militante da Rede e ela ainda não fez essa discussão", disse Marina.

A filiação de Marina Silva ao PSB oferece uma terceira via às eleições de 2014?

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Já Campos disse que a decisão deve vir com o tempo: "A própria Marina disse que as decisões para 2014 devem ser feitos em 2014. Concordo com ela".
Marina também falou que os integrantes da Rede terão liberdade de apoiar os partidos que desejarem nas eleições estaduais. "Assim como em 2010, vamos dar a liberdade para a Rede apoiar quem quiser nos estados. Na minha última candidatura cheguei a apoiar o PT em alguns estados e o PSB em outros", disse. 
Além de Marina, o deputado Walter Feldman (SP), Pedro Ivo de Souza Batista (um dos coordenadores da Rede no DF) e o deputado Alfredo Sirkis (RJ) também assinaram a filiação oficial ao PSB. 



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Política
Eleições 2014
Marina Silva diz que Campos é o candidato do PSB à Presidência
Ex-senadora se filia ao partido e afirma não querer ficar marcada como "aquela" que "foi atrás de uma sigla de aluguel"
por Redação — publicado 05/10/2013 18:06, última modificação 05/10/2013 18:31
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Marina Silva se filia ao PSB e abre mão da candidatura à Presidência
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A ex-senadora Marina Silva se filiou neste sábado 5 ao PSB para poder disputar as eleições do próximo ano, pois o Superior Tribunal Eleitoral (TSE) negou o registro de seu partido, a RedeSustentabilidade. Em uma entrevista coletiva em Brasília, ela disse, no entanto, que Eduardo Campos, governador de Pernambuco, é o candidato do partido na disputa pela Presidência.
Marina não disse qual posto disputará em 2014, masCartaCapital apurou que ela deve assumir o lugar de vice na chapa do PSB. "O PSB já tem candidato, e ele é Eduardo Campos. Não posso chegar a falar: 'com licença Eduardo, mas quero ser candidata à Presidência'", afirmou. "Não estamos pensado em um projeto de poder ou num projeto político resumido às eleições, mas em uma agenda estratégica para o Brasil, um compromisso de uma governabilidade programática."
A ex-senadora destacou ainda que precisou "assumir posição" ao não escolher "o caminho mais fácil e previsível, oferecido por outros partidos" que lhe propuseram a candidatura própria, entre eles o PPS. "Não poderia trocar de partido para uma candidatura, já fiz isso em 2010 com o PV, e infelizmente não deu certo", disse. "Não queria ficar carimbada como aquela que tentou criar um partido, foi abatida na pista e foi atrás de uma sigla de aluguel. Ou virar uma Madre Tereza de Calcutá da política e ficar resguardada de tudo."
Eduardo Campos disse que Marina "deu uma aula de política e cidadania com um ato que só quem não pensa de forma tradicional poderia enxergar". "Não é o caminho mais fácil, mas é o que mais contribui para que o Brasil mude e possamos encerrar a velha política."
Segundo Marina, a aliança com o PSB é "coerente" porque o partido "tem uma luta na defesa bandeiras históricas" comuns à Rede, mas não negou as diferenças entre as legendas. Para ela, o acordo é "programático" e legitima a Rede como um partido, permitindo que o PSB assuma o compromisso de adotar as principais diretrizes da Rede e aprofundar os seus programas pelo Brasil.
A ex-senadora afirmou ainda que a decisão do TSE foi um "aviltamento da democracia" e criou "o primeiro partido clandestino após a democracia" no Brasil, forçando-a a se filiar a outro partido. Três membros da Rede também se filiaram ao PSB, entre eles o deputado Alfredo Syrkis, que estava no PV.
registrado em: PSB Marina Silva Eduardo Campos
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quinta-feira, 3 de outubro de 2013

TSE BARRA PARTIDO DE MARINA SILVA




G1  
03/10/2013 21h46 - Atualizado em 04/10/2013 00h06
Por 6 a 1, TSE barra partido de Marina Silva nas eleições de 2014
Para ministros da Corte eleitoral, Rede não comprovou apoio mínimo.
Sigla poderá juntar mais assinaturas, mas para concorrer somente em 2016.
Por seis votos a um, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu nesta quinta-feira (3)  não conceder registro ao partido Rede Sustentabilidade, da ex-senadora Marina Silva, por falta de assinaturas de apoio necessárias para a criação da legenda. Com isso, o partido não poderá participar das eleições de 2014.
O único ministro a votar a favor da criação do partido foi  Gilmar Mendes. Os outros seis votaram contra (Laurita Vaz, João Otávio de Noronha, Henrique Neves, Luciana Lóssio e Marco Aurélio Mello e Cármen Lúcia).
Segundo o TSE, Marina comprovou apoio de 442 mil eleitores em assinaturas validadas pelos cartórios eleitorais, mas a lei exige 492 mil, o equivalente a 0,5% dos votos dados para os deputados federais nas últimas eleições.

Após o julgamento, ainda no plenário do TSE, Marina Silva se dirigiu aos apoiadores da Rede: "Ainda somos um partido. Não temos registro, mas temos o mais importante: temos ética. Vamos ficar mais fortes." Ela deve decidir nesta sexta eventual recurso contra a decisão do TSE e se vai se candidatar por outra legenda em 2014.
O tribunal converteu o pedido de criação da legenda em "diligência", o que permite que Marina apresente mais assinaturas. No entanto, como o prazo para concessão de registro termina no sábado (5) e até lá não haverá nova sessão da Corte eleitoral, o partido não poderá participar da disputa de 2014.
Partido não é criado para concorrer a um pleito apenas. Partidos se destinam à formação da vontade política. O Ministério Público faz votos para que isso seja conquistado, fortalecendo a democracia."
Eugênio Aragão, vice-procurador-geral eleitoral
Marina ainda pode se filiar a um outro partido até sábado caso queira participar da disputa presidencial - segundo a última pesquisa Ibope, Marina estava em segundo lugar nas intenções de voto. Ela acompanha o julgamento da primeira fileira ao lado do advogado Torquato Jardim e apoiadores da Rede.
A senadora queria que o TSE validasse 95 mil assinaturas de apoio que foram rejeitadas pelos cartórios eleitorais. Ela argumentou que os cartórios rejeitaram sem motivo assinaturas de jovens e idosos, cuja participação em eleições anteriores foi facultativa. A maioria dos ministros do tribunal, no entanto, entendeu que os cartórios têm autonomia para verificar se a ficha de apoio apresentou os requisitos ou não para ser validada.



A ex-senadora Marina Silva no plenário do TSE antes do início da sessão que analisou o registro da Rede (Foto: Andre Dusek/Estadão Conteúdo)




03/10/2013 22h20 - Atualizado em 04/10/2013 00h03

Marina diz que reunirá Rede nesta sexta para definição sobre 2014

Por 6 a 1, Justiça Eleitoral não autorizou sigla a disputar eleições em 2014.
Faltou número mínimo de assinaturas de apoio, partido culpou cartórios.

Após ver o registro da Rede Sustentabilidade negado pelos ministros do Tribunal Superior Eleitoral, a ex-senadora Marina Silva deixou em aberto a possibilidade de disputar a eleição presidencial de 2014 por outro partido. Para participar do pleito, ela deve se filiar a outra legenda até o próximo sábado (5).
"O plano A já é vitorioso, amanhã vou dar uma coletiva para vocês para dizer qual é o meu posicionamento. Eu não discuti nada de planos outros com ninguém", afirmou.
Indagada diversas vezes por jornalistas sobre se ela cogitava migrar para outra legenda a tempo de concorrer ao Palácio do Planalto, Marina não negou, porém, disse que irá responder à pergunta somente após se reunir com os apoiadores da Rede, entre eles diversos parlamentares.
Apontada pelas pesquisas como segunda colocada nas intenções de voto, Marina disse que irá chamar a imprensa ainda nesta sexta para anunciar seu futuro político. Após a decisão desfavorável do TSE, a ex-senadora mudou o discurso anterior, que descartava um plano B.
Por seis votos a um, o tibunal decidiu nesta quinta-feira (3)  não conceder registro ao partido Rede Sustentabilidade por falta do mínimo de assinaturas de apoio necessárias para a criação da legenda. Assim que a presidente do TSE, Cármem Lúcia, proclamou o resultado, a ex-senadora fez questão de abraçar cada um dos parlamentares que a apoiaram.