sábado, 5 de outubro de 2013

MARINA SE FILIA AO PSB




Marina se filia ao PSB, apoia a candidatura de Eduardo Campos, mas não diz se será sua vice

263

  dgard Matsuki
Do UOL, em Brasília
05/10/201316h29 Atualizada 07/10/201309h18






Após ter o registro do partido Rede Sustentabilidade negado pelo TSE na última quinta-feira (3), a ex-senadora Marina Silva se filiou oficialmente ao PSB em cerimônia realizada neste sábado (5) em Brasília.
Durante apresentação, Marina afirmou dar total apoio à candidatura de Eduardo Campos à Presidência. Porém, ela não confirmou a informação de que seria vice do atual governador de Pernambuco nas eleições de 2014.

LEIA MAIS

O apoio de Marina ao presidenciável Campos fortalece a candidato do líder do PSB. Na última pesquisa Datafolha, a fundadora da Rede aparecia com intenção de voto de 26% do eleitorado enquanto Campos tinha apenas 8% das intenções de voto. Nesta mesma pesquisa, a presidente Dilma Rousseff aparecia com 35% dos votos, e Aécio Neves, 13%.
Durante a cerimônia de adesão ao PSB, Marina Silva afirmou ter aceito a "filiação simbólica" por contar com reconhecimento da Rede  como um partido legítimo por parte do PSB: "O PSB deu uma chancela que o TSE não quis dar para a Rede", afirmou.
Marina também afirmou que a adesão ao partido de Campos deve ser temporária. Brincando com a primeira letra do sobrenome do governador de Pernambuco, a fundadora da Rede apontou que a escolha do apoio à Campos seguiu um "Plano C".
"Muitas vezes me perguntavam se esse era um plano A ou B. Posso dizer que esse é um plano C. O plano C é o Eduardo Campos. Escolhemos por que ele sempre nos apoiou no começo. Tivemos uma carta de apoio dele já quando resolver criar a Rede", disse
Marina falou que as outras possibilidades após a negação do registro do Rede seriam "virar uma candidata da internet" ou "entrar em uma legenda de aluguel".
Ela disse que descartou a hipótese de não apoiar ninguém por ser melhor para a política. "Todo mundo ia curtir a Marina como candidata à internet. Se eu fosse a Madre Tereza da política, ia fazer o previsível. Mas não quis fazer isso", falou.
Ela disse que não aceitou o convite de outro partido para ser candidata para não repetir 2010, quando entrou no PV para disputar as eleições. 
"Quero agradecer a todos os partidos que ofereceram a vaga para mim. Mas não quis fazer como em 2010 no Partido Verde. Na época, fui com esperança, mas infelizmente o pragmatismo derrubou a esperança", afirmou, numa alusão à frase célebre de Lula, " a esperança venceu o medo".
Durante a cerimônia, que contou com integrantes da Rede e do PSB, Campos se disse surpreso com o "Plano C" de Marina e disse que, de certa forma, terá de repensar a plataforma da candidatura.
"Sinceramente, eu esperava a candidatura de Marina como presidente pela Rede pois achava que o TSE daria um maior prazo para ela colher as assinaturas que faltavam", afirmou.
Em relação à informação de que Marina integraria a chapa para 2014 como vice de Eduardo Campos, ambos desconversaram. Marina falou que tudo depende de uma decisão da Rede.
"Eu não sou uma militante do PSB, eu sou uma militante da Rede e ela ainda não fez essa discussão", disse Marina.

A filiação de Marina Silva ao PSB oferece uma terceira via às eleições de 2014?

·        
·        
·        
Resultado parcial
Já Campos disse que a decisão deve vir com o tempo: "A própria Marina disse que as decisões para 2014 devem ser feitos em 2014. Concordo com ela".
Marina também falou que os integrantes da Rede terão liberdade de apoiar os partidos que desejarem nas eleições estaduais. "Assim como em 2010, vamos dar a liberdade para a Rede apoiar quem quiser nos estados. Na minha última candidatura cheguei a apoiar o PT em alguns estados e o PSB em outros", disse. 
Além de Marina, o deputado Walter Feldman (SP), Pedro Ivo de Souza Batista (um dos coordenadores da Rede no DF) e o deputado Alfredo Sirkis (RJ) também assinaram a filiação oficial ao PSB. 



========================  XXXXX ==========================
Portal Title
Política
Eleições 2014
Marina Silva diz que Campos é o candidato do PSB à Presidência
Ex-senadora se filia ao partido e afirma não querer ficar marcada como "aquela" que "foi atrás de uma sigla de aluguel"
por Redação — publicado 05/10/2013 18:06, última modificação 05/10/2013 18:31
ABr
http://www.cartacapital.com.br/++theme++beyondskins.cartacapital.portal/src/icon-moreimages.png

Marina Silva se filia ao PSB e abre mão da candidatura à Presidência
Leia também
A ex-senadora Marina Silva se filiou neste sábado 5 ao PSB para poder disputar as eleições do próximo ano, pois o Superior Tribunal Eleitoral (TSE) negou o registro de seu partido, a RedeSustentabilidade. Em uma entrevista coletiva em Brasília, ela disse, no entanto, que Eduardo Campos, governador de Pernambuco, é o candidato do partido na disputa pela Presidência.
Marina não disse qual posto disputará em 2014, masCartaCapital apurou que ela deve assumir o lugar de vice na chapa do PSB. "O PSB já tem candidato, e ele é Eduardo Campos. Não posso chegar a falar: 'com licença Eduardo, mas quero ser candidata à Presidência'", afirmou. "Não estamos pensado em um projeto de poder ou num projeto político resumido às eleições, mas em uma agenda estratégica para o Brasil, um compromisso de uma governabilidade programática."
A ex-senadora destacou ainda que precisou "assumir posição" ao não escolher "o caminho mais fácil e previsível, oferecido por outros partidos" que lhe propuseram a candidatura própria, entre eles o PPS. "Não poderia trocar de partido para uma candidatura, já fiz isso em 2010 com o PV, e infelizmente não deu certo", disse. "Não queria ficar carimbada como aquela que tentou criar um partido, foi abatida na pista e foi atrás de uma sigla de aluguel. Ou virar uma Madre Tereza de Calcutá da política e ficar resguardada de tudo."
Eduardo Campos disse que Marina "deu uma aula de política e cidadania com um ato que só quem não pensa de forma tradicional poderia enxergar". "Não é o caminho mais fácil, mas é o que mais contribui para que o Brasil mude e possamos encerrar a velha política."
Segundo Marina, a aliança com o PSB é "coerente" porque o partido "tem uma luta na defesa bandeiras históricas" comuns à Rede, mas não negou as diferenças entre as legendas. Para ela, o acordo é "programático" e legitima a Rede como um partido, permitindo que o PSB assuma o compromisso de adotar as principais diretrizes da Rede e aprofundar os seus programas pelo Brasil.
A ex-senadora afirmou ainda que a decisão do TSE foi um "aviltamento da democracia" e criou "o primeiro partido clandestino após a democracia" no Brasil, forçando-a a se filiar a outro partido. Três membros da Rede também se filiaram ao PSB, entre eles o deputado Alfredo Syrkis, que estava no PV.
registrado em: PSB Marina Silva Eduardo Campos
Comentários