25/11/2014
Na campanha, escolhido por Dilma fez propostas para grupo de Aécio Neves -
25/11/2014 - Mercado - Folha de S.Paulo
Na campanha, escolhido por Dilma fez
propostas para grupo de Aécio Neves
ANDRÉIA SADI
NATUZA NERY
DE BRASÍLIA
25/11/2014 02h00
Escolhido por Dilma Rousseff para ocupar o Ministério da
Fazenda, Joaquim Levy colaborou informalmente com a
campanha de Aécio Neves (PSDB), principal adversário da
presidente na disputa eleitoral de 2014.
Segundo três integrantes do time do tucano e um
parlamentar que acompanhou a campanha de Aécio, a
linha direta de Levy era com Armínio Fraga, ex-presidente
do BC de Fernando Henrique Cardoso e coordenador do
programa econômico tucano.
"Levy é pupilo do Armínio e foi ouvido na campanha'', disse um aliado da equipe
do então presidenciável.
O ex-secretário do Tesouro, hoje no Bradesco, foi aluno de Armínio. Os dois
mantêm uma relação próxima.
Na campanha, Levy trocava ideias com Armínio sobre propostas para a área fiscal.
Ele, no entanto, não produziu textos para a campanha nem frequentava
pessoalmente reuniões com o grupo de economistas de Aécio.
Zô Guimarães - 29.ago.2014/Folhapress
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Armínio Fraga, a quem Levy fez sugestões para a área fiscal
Uma ala do PT ainda tenta reverter a escolha de Levy para a Fazenda, alegando sua
proximidade com o projeto econômico do PSDB.
Eles dizem que a indicação pode representar uma contradição em relação a críticas
feitas por Dilma durante a campanha. Ela criticou a escolha de Armínio como
possível ministro da Fazenda em um governo tucano.
A Folha procurou a assessoria de imprensa do Bradesco para registrar a posição
de Levy sobre o assunto, mas ninguém atendeu.
A reportagem enviou, então, um e-mail para o banco e não obteve retorno.
A reportagem também não localizou Armínio Fraga para comentários.
O nome de Levy tem o apoio de Antonio Palocci, ex-ministro da Fazenda no
governo Lula e da Casa Civil no início do primeiro mandato de Dilma. Levy foi
secretário do Tesouro Nacional de Palocci e conta com o aval do ex-presidente
Lula.
BOLSA E DÓLAR
A indicação de Levy, confirmada pela Folha na sexta (21), foi bem recebida pelo
mercado: naquele dia a Bolsa de São Paulo subiu 5% e o dólar caiu 2,08%.
Nesta segunda (24), porém, sem a confirmação do nome, a Bolsa de São Paulo
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oscilou e fechou o pregão em desvalorização de 1,21%.
O dólar à vista, referência no mercado financeiro, subiu 1,15%, cotado em R$
2,5476 no fechamento.
O comercial, usado em transações do comércio exterior, encerrou o dia valendo R$
2,549, alta de 1,07%.
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