terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Centrais farão ato dia 28 contra política econômica e escândalo na Petrobras



Centrais farão ato dia 28 contra política econômica e escândalo na Petrobras

As seis centrais sindicais - Central Única dos trabalhadores (CUT), Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT), Nova Central, Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) - escolheram os prédios da Petrobras e do Ministério da Fazenda na Avenida Paulista, em São Paulo, para realizar o Dia Nacional de Lutas. A concentração dos sindicalistas está marcada para as 10 horas desta quarta-feira, dia 28.
A ideia dos sindicalistas é entregar documentos para as diretorias das entidades com questionamentos sobre a linha econômica adotada pela nova equipe da presidente Dilma Rousseff. No caso da Petrobras, os sindicalistas querem também chamar a atenção para o escândalo de corrupção deflagrado pela Operação Lava Jato.
"Nós defendemos investigação, mas a empresa tem que ser preservada", afirmou o secretário-geral da CUT, Sergio Nobre, destacando que os escândalos de corrupção na empresa estão levando a perda de empregos em fornecedores e prestadores de serviço da Petrobras.
Nobre disse ainda que na Fazenda o "recado" que as centrais querem passar é que a agenda econômica de Dilma é a que havia sido proposta pelo tucano Aécio Neves. "Majoritariamente as centrais apoiaram sua candidatura porque eram justamente contra essa agenda do Aécio. Nós não queremos esse modelo que pune o trabalhador", disse. "Está em jogo tudo o que se conquistou nos últimos 12 anos", completou.
Para o secretário-geral da Força, João Carlos Gonçalves, o Juruna, as medidas anunciadas pelo novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, não atendem aos anseios dos sindicalistas. "O Levy agradou mais Arminio Fraga do que a nós", disse, em referência ao ex-presidente do Banco Central, que fazia parte da equipe de Aécio e que, em entrevista ao jornal o Estado de S. Paulo publicada neste domingo, elogiou o novo ministro da Fazenda.
Diálogo
Na semana passada, representantes das centrais tiveram uma reunião em São Paulo com os ministros da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto; da Previdência Social, Carlos Gabas; do Planejamento, Nelson Barbosa; e do Trabalho e Emprego, Manoel Dias.
Os sindicalistas pediram o fim das Medidas Provisórias 664 e 665, anunciadas pelo governo federal no último dia 30 de dezembro, relacionadas à Previdência Social, ao seguro-desemprego e ao seguro defeso. Após a reunião, coube a Rossetto dizer que estava aberto o diálogo com os sindicalistas e que o governo iria fazer reuniões técnicas para explicar a necessidade das medidas.
Na ocasião, segundo os sindicalistas, os ministros foram informados sobre o ato do dia 28 e que os trabalhadores continuarão mobilizados para derrubar as MPs. "Nós queremos continuar conversando, mas essas conversas têm limite. E para que seja estabelecido o diálogo as medidas têm que ser revistas", afirmou o secretário da UGT, o Chiquinho.
Segundo ele, além do conteúdo das medidas, a forma como elas foram anunciadas trazem um sentimento de "traição" por parte do governo. "Estamos totalmente abertos para diálogo, mas não vamos aceitar esse tipo de comportamento empurrado goela abaixo", disse Chiquinho.
De acordo com os sindicalistas, no fim da semana passada já houve uma reunião técnica com o governo em Brasília, mas sem avanços. E outras devem ser agendadas. Independentemente disso, as centrais já se mobilizam para mais uma mobilização, no dia 26 de fevereiro. "Na marcha de fevereiro vamos reapresentar a nossa pauta de reivindicações. Precisamos de mobilização e pressão", afirmou Nobre. (- Carla.araujo@estadao.com)

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Aécio vê 'falha' do Planalto

E.M. DIGITAL (Estado de Minas)

Aécio vê 'falha' do Planalto

Senador critica Dilma por não admitir gravidade da situação econômica do país e põe a culpa no governo. Em artigo, PSDB afirma que a presidente promove 'impostaço'

 
    

 postado em 22/01/2015 06:00 / atualizado em 22/01/2015 07:17
Reprodução/Facebook

São Paulo – Na semana em que o governo federal anunciou a elevação de impostos como parte do ajuste fiscal para este ano, o candidato da oposição na última eleição, senador Aécio Neves (PSDB-MG), acusou a presidente Dilma Rousseff de ser irresponsável ao não admitir antes a gravidade da situação do país, em vídeo postado no Facebook, ontem. “Faltou à então candidata Dilma Rousseff a responsabilidade para admitir a gravidade da crise econômica, a gravidade da crise do setor elétrico, para tomar as medidas necessárias para minimizar seus efeitos”, disse Aécio, que acusou a petista de mentir aos brasileiros durante a campanha. 

Na opinião de Aécio, a presidente Dilma, ao adotar medidas amargas para tentar solucionar a crise, não deixa claro aos brasileiros que a situação é culpa de seu governo. “Falta coragem à presidente da República para, olhando nos olhos dos brasileiros, dizer que as medidas que estão sendo tomadas são consequências dos inúmeros equívocos de seu governo”, criticou o tucano. 

O senador ressaltou ainda que o aumento de impostos renderá cerca de R$ 20 bilhões anuais aos cofres públicos. Durante o período eleitoral, a campanha de Dilma Rousseff dizia que Aécio, caso vencesse as eleições, tomaria “medidas impopulares”. Dilma ressaltou várias vezes seu compromisso com o emprego, a renda e os direitos trabalhistas.

Também ontem, o PSDB, presidido por Aécio, divulgou um artigo em que critica as recentes decisões tomadas pelo governo Dilma. O texto afirma que a presidente promove um “impostaço” e não poupa sequer o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, de cutucadas. “Não passa um dia sem que mais uma maldade salte do saco nefasto que Dilma Rousseff traz nas costas desde que foi reeleita. Ontem (segunda-feira), foi a vez do veto ao reajuste da tabela do Imposto de Renda, aumentando ainda mais a carga de tributos cobrada dos contribuintes. A presidente promove um ‘impostaço’ como há muito não se via”, diz o artigo do Instituto Teotônio Vilela (ITV), órgão de estudos e análises do partido. 

Intitulado “O ‘impostaço’ diabólico de Dilma e Levy”, a análise sustenta que, para endireitar a economia que ela mesma “desvirtuou”, a presidente opta agora pela trilha do ajuste recessivo, penalizando os cidadãos, prejudicando os trabalhadores e esfriando ainda mais a já “anêmica” atividade produtiva no país. “Nada de uma reformulação estrutural no sistema tributário que aliviasse a carga de quem ganha menos e incentivasse a produção. Nada, também, de medidas de racionalização dos gastos, de diminuição da máquina pública, de uma reforma agrária no imenso latifúndio improdutivo que é seu paquidérmico ministério de 39 pastas”, afirma o partido no artigo. 

O texto diz que a presidente se recolhe enquanto as maldades “saltam aos borbotões”. Cita o fato de que, há um mês, Dilma não dá entrevistas à imprensa, deixando para Joaquim Levy a função de porta-voz das más notícias. E questiona se é Dilma ou o ministro da Fazenda quem manda no País no momento. Em seguida, contudo, finaliza com uma resposta crítica a Dilma e a Levy. “Ambos, porém, mostram-se dispostos a fazer o diabo da vida dos brasileiro.”

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Comentários a: O ciclo político mudou. E a esquerda, olímpica? - CARTA MAIOR 09/11/2014



Comentários a:

O ciclo político mudou. E a esquerda, olímpica?




Marivaldo Antunes Netto - 09/11/2014
Ótima digressão sobre como se deu o Golpe de Estado no Chile. Mas não precisamos ir tão longe para mostrar que em momentos onde a população mostra certo gosto pela política, sobretudo quando se almeja transformações estruturais. No Brasil do início da década de 1960 tivemos isso. A direita brasileira cria em 1959 o IBAD (Instituto Brasileiro de Ação Democrática) e, em 1962 o IPÊS (Instituto de Pesquisa e Estudos Sociais), esse último tendo entre seus principais colaboradores o gen. Golbery que foi criador e chefe do SNI (Serviço Nacional de Informações) nos governos autoritários pós-abril de 1964. Nesse meio tempo tivemos o impedimento de João Goulart de assumir a presidência da República quando da renúncia de Jânio Quadros. Só foi possível depois do Brasil quase ingressar numa Guerra Civil e a aceitação do Parlamentarismo como solução de apaziguamento político. Aí já denotava uma prova de força da direita. Tanto o IPES e IBAD apoiado pelos empresários nacionais e a sua mídia, diuturnamente atacavam Goulart. Junte-se a isso o apoio estadunidense à causa golpista. E dizia-se à época que o golpe estava fora do horizonte, pois Goulart contava com um dispositivo militar nas Forças Armadas que garantiriam a legalidade. Mas acontece que o alto escalão das Forças Armadas já estava em consonância com a elite burguesa desde 1949 quando criaram a ESG (Escola Superior de Guerra) que ministrava cursos que estreitavam as relações com a modalidade capitalista liberal tão ao gosto daqueles que não querem fazer concessão aos trabalhadores. Só lembrar o lema "DESENVOLVIMENTO E SEGURANÇA" tão caro aos golpistas de então. "Desenvolvimento" sem distribuição de renda e "segurança" equivalente a não deixar que "os de baixo" participem da vida política do país.Para dar um ar de legitimidade ao golpe, manifestações de rua como a "Marcha da Família pela Liberdade", organizados pelos órgãos acima citados foram colocados em ação. A elite na rua e um séquito de "bobos da corte" a desfilarem bandeiras e rosários. Sombras desses tópicos cobrem novamente o cenário brasileiro e a vitória de DILMA trazem à memória a engenharia do golpe de 1964. A direita constrói novamente seu discurso. Não aceitam que a senzala se manifeste. Devem todos se recolher às suas insignificâncias. E novamente a casa-grande, com sua empáfia e arrogância quer dirigir as vidas dos que produzem a riqueza no país. Novamente ouço ecos e reverberações do "Desenvolvimento e Segurança".

Luiz Herlain - 08/11/2014
"Ótima análise comparativa de golpe Internacional, tenho alertado já alguns anos e nessa eleição com muita enfase na construção do "Golp'88'Cwb'PR" também de grande interesse Internacional do "Capital Feudal" em profunda crise Financeirista dos Republicanos Guerreiros Ortodoxos contra o mundo de DEMOCRACIAS burguesas mantidas nas comunicações de massas que prevaleceram nos Estados do Sul pela alta periculosidade do aparelhamento do Paraná, em avançado estado de putrefação política mas sem dúvida no centro dos demais estados da região mais violenta do capitalismo selvagem FEUDAL "Formal e Informal" com amplos "cartéis" de Mídia, Logística e com a PRIVADO com inteiro poder sobre as instituições "públicas". Vale a pena aprender com Norte,Nordeste e Leste como avançar com a emancipação pela cidadania, aumentando a aliança Popular na luta do plebiscito pela reforma política da sociedade retomando a História do Brasil a partir de 13 de março de 1964 com retoma da das reformas de base na região e no País"

Carlos Salgado - 08/11/2014
Campanário, meu irmão,

estava com saudades de sua audiência entre nós.

Meu querido, que resumo sintético que você fez do noticiário da grande imprensa.

Viver (e conversar) apenas com doutos e diletos o fez acreditar nas verdades repetidas mil vezes. Vê-se que para além de desejar nos convencer cinicamente, você também crê nesse palavrório agressivo e violento.

Destaco, ainda, sua grande capacidade discursiva, um primor. Ler seus comentários é sempre um aprendizado sobre como desconstruir o interlocutor, inverter sentidos com sarcasmo e ironia fina.

Meu irmão, desarme-se. Tanta inteligência pode também servir ao bem, a construção e ao amor.

Te amo, um abraço!

Carlos.

Milton Campanario - 08/11/2014
O que está escrito é uma das maiores bobagens que vi escritas no editorial. Um passo em falso e o velho e bom PT fazia oposição ao PSDB ou ao PMDB, tanto que votou contra o Parlamentarismo, o Plano Real, a lei de Responsabilidade Fiscal, para não falar do voto contrário ao Colégio Eleitoral que elegeria Tancredo. Agora a sisuda e mal humorada Dilma - que mais parece uma boneca de plástico escondendo a sua sisudez - logo após sua vitória eleitoral segue a trincheira dita conservadora: corta gastos sociais e financiamento para a indústria, aumenta tarifas e dá uma punhalada em sua palavra aumentando os juros, medidas tucanas por excelência. Oposição é para isto: vigiar o governo e manter em alerta a sociedade. Falar das figuras físicas de Serra, Aécio e Alkimin é golpe abaixo da cintura, tal qual as "narinas do Aécio". Teríamos que falar do Botox do Lula e sua alegria perto de uma 51, das plásticas de Dima e seu cabeleireiro, do visual mordômico do Temer, etc e tal. O que quer a situação: um diálogo sobre o Petrolão, uma desculpa às incursões bolivarianas no país, um apoio de neo-tucanos como o Meirelles na Fazenda ou ainda um cala boca aos aliados peemedebistas, ao Maluf, Renan, Sarney et caterva? A democracia é isto. Embate dos contraditórios sociais, políticos e econômicos. Agora comparar esta senhora presidenta com Allende e a oposição com os militares chilenos - os mais sangrentos da AL - é iludir a nossa sociedade e o diagnóstico da política brasileira. Golpismo retórico. Poder não é dado por uma eleição. Poder é saber comandar uma nação cumprindo a palavra dita aos brasileiros. Lembremos que Dilma negou-se a assinar uma carta neo-liberal aos brasileiros, como fez Lula. Seguirá a política de Lula-1? Não acredito, pois a presidenta sabe de tudo, menos do que rola embaixo do tapete da sua base aliada e de setores do próprio PT, agora definitivamente um partido vendido ao poder pelo poder. Onde está o projeto nacional? Nas palavras e promessas de Dilma? Ou na sua auto-desconstrução?

Mário Eustáquio Gontijo - 08/11/2014
Muito bons os artigos de Carta Maior. Recomendo.

Certamente leio notícias de diversas correntes de pensamento e preferências políticas, tais como: jornais do Rio, São Paulo, Minas, Brasília etc; revistas Carta Capital, Veja, Isto É etc.



Tudo isto graças às facilidades de uma Internet livre, num país LIVRE DE DITADURA (seja ditadura militar ou civil). 



Todavia os artigos publicados por "Carta Maior" merecem também uma boa leitura, para que o leitor eleitor tenha versões dos diversos seguimentos e ideários políticos e econômicos, seja de direita, centro ou esquerda. Seja CONSERVADOR OU PROGRESSISTA!



A partir da captação de informações e conhecimentos amplos é possível que a sociedade possa ficar mais atenta aos pleitos políticos periódicos, sem ter que se desgastar com tantos achincalhes de baixíssimo nível como ocorreu nas eleições recentes, entre os diversos candidatos e a exacerbação dos internautas nas diversas redes sociais.



Outrossim levará os candidatos a cargos executivos ou legislativos a serem mais claros em suas colocações de planos e projetos de ação. Também a sociedade ficará mais atenta na escolha de deputados e senadores em especial, vez que esses SÃO OS "FAZEDORES DAS LEIS" a serem seguidas pelo EXECUTIVO e pela sociedade. 



Tal fato é importante pois o que temos NO BRASIL DE HOJE, SÃO PARLAMENTARES E LEGISLADORES MUNICIPAIS, ESTADUAIS E FEDERAIS (vereadores, deputados e senadores), MAIS INTERESSADOS EM CRIAR LEIS CORPORATIVISTAS, para atender seus próprios interesses e FÓRUM ESPECIAL, daí o fato da LEI DO "FICHA LIMPA" ainda estar de fraldinhas!

Ralph de Souza Filho - 07/11/2014
Organizemo-nos, com o intuito de, em reforçando o Estado Democrático de Direito, através Plebiscito à abrir caminho para a implementação de uma Constituinte exclusiva e, daí, Soberana, cujos membros, após sua formatação, sejam proscritos da possibilidade de exercício de quaisquer cargos públicos ad eternum, a evitar conflitos de interesses futuros e, ademais, possibilitando ampla e profunda Reforma Política, Eleitoral, deste Judiciário apodrecido, tributária progressiva, ou, seja , paga mais quem ganha mais e, ademais, regulamentado os principais artigos da Constituição de 1988, até o presente momento intocados. Com uma pressão organizada dos Sindicatos, da OAB, da CNBB, de todos os Movimentos Sociais já amadurecidos e atuantes, e, particularmente, de uma progressiva e pedagógica atuação sobre a capacidade de reflexão da maioria dos jovens, politizando-os para combater a exploração parasitária destes especuladores insensíveis e sem escrúpulos, restabeleceremos a estrutura fragilizada do Estado Industrial e produtivo, chave mestra na condução de nossas políticas emancipatórias e Nacionalistas Trabalhistas, a reforçar o fundamento básico de nossa Independência, enquanto Nação... Saudações Cordiais, do Planta do Deserto a quem, basta, tão somente, o orvalho do alvorecer....

Dan Moche Schneider - 07/11/2014
Dá até arrepios tanta parecença histórica. Possamos aprender com a história chilena e não repetir os mesmos erros. Confio na coragem e inteligência da nossa presidenta.

fernando luís - 07/11/2014
De dedo em riste, um poço de arrogância!

Marcia Eloy - 07/11/2014
Concordo com Fabio, mas vou além. O governo e o PT erraram ao não dar uma resposta as manifestações de junho. era hora de entrar em cadeia nacional, depois de tudo que aconteceu, invasão da Câmara dos Deputados do RJ, invasão do Itamarati, subida na rampa do Palácio, Subida no teto do Congresso Nacional, etc...Olharam tudo como se fosse estripulias de adolescentes. Não era. Já mostrava o início de algo estranho no ar. Acharam que com o horário eleitoral poderiam mostrar tudo o que fizeram. quase deu... Mas não contavam, e deveriam contar, com o que a revista Veja fez e com o boato que foi espalhado pelo país sobre a morte do doleiro Youssef. Isto tirou de Dilma os 8 pontos de vantagem que ela havia conquistado. É sempre bom conhecer o campo adversário e não ser ingênuo.

Made in Chorrochó - 07/11/2014
Seria muito bom, se os partidos de oposição ao governo federal, apresentassem propostas construtivas e cobrassem do governo cumprimento de metas e promessas ,investigações de ilícitos praticados por todos,inclusive os de responsabilidade dos tucanos e PSB, se é que têm a idoneidade e imparcialidade que dizer ter(que duvido muito). Caso contrário , a sociedade vai vê-los como baderneiros da instabilidade política e golpista de ocasião.

FABIO PESSOA - 06/11/2014
Há um clima golpista no ar, não tenham dúvidas. "O carnaval das direitas" (NAPOLITANO:2014) está nas ruas mais uma vez. Nunca engoliram o PT, mesmo depois do documento moderado e pacificador divulgado antes das eleições de 2002 intitulado "Carta ao povo brasileiro". 

Não houve, nesses doze anos, nenhuma ação de radicalização por parte do governo, radicalização aqui entendida como transformação profunda na base produtiva, na estrutura da terra, nos monopólios da mídia, na progressividade da cobrança de impostos ou na remessa de lucro para o exterior. Ainda assim, as velhas elites de sempre, incluindo aquelas que pragmaticamente se aliam ao PT em épocas eleitorais, conspiram agora e sempre para derrotá-lo e tirá-lo do governo. O argumento? Dentre ouros, a ideia de que a alternância do poder faz bem para a democracia... Sem dúvida, só falta combinar com o PSDB paulista, no comando do governo de SP há duas décadas! 

Está claro que a transferência de renda via projetos sociais ou a manutenção de níveis de emprego e aumento real do salário não mais se sustentam sem que sejam alteradas a estrutura produtiva e o acúmulo de renda por essa minoria rica e golpista. A luta de classes não foi criada pelo PT. É um produto da história e está hoje mais viva do que nunca, na vida econômica cotidiana e nos discursos e práticas políticas. Está na hora de enfrentar o dragão, pois a história não perdoa quem vacila.. 

A cordialidade do povo brasileiro não exclui sua histórica resistência à escravidão, exploração do trabalho e ditaduras. As direitas se organizam ferozmente e não irão mais aceitar derrota nas urnas. Precisamos de uma governabilidade de outro tipo, para além desse Congresso e sua estrutura oligárquica, clientelística. Organização popular e uma frente política que garanta não apenas a manutenção das conquistas, mas a ampliação das conquistas.

Jorge Luiz Faria Couto - 06/11/2014
Insira o seu comentário.

Jorge Luiz Faria Couto - 06/11/2014
Mas é de Lula e cia. que se espera alguma estratégia para um enfrentamento? Ora, por favor, a coisa é séria demais. Vamos deixar de lado as ilusões!

Eugenia Vitoria Camera Loureiro - 06/11/2014
O tom do artigo me parece exagerado. A oposição no momento está mais para provocações e bravatas. Concordo com o Senador Humberto Costa. Moderar o palavreado. Romper a legalidade burguesa? Ah, tenha dó! A presidente eleita ainda nem tomou posse!

PAULO DE TARSO S SANTOS - 06/11/2014
Além do brilhantismo constante de seus artigos, este, particularmente, nos remete à tempos e preocupações que não podem se dissolver. Apesar de otimista, revejo minhas posições sobre as "tentações" que parte dos setores militares podem se deixar acometer...

Parabéns!


terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Gabrielli diz ao TCU que Dilma tem de ser responsabilizada por perdas de Pasadena Estadão ConteúdoPor Ricardo Galhardo, enviado especial | Estadão Conteúdo – 17 horas atrás


Gabrielli diz ao TCU que Dilma tem de ser responsabilizada por perdas de Pasadena
Estadão ConteúdoPor Ricardo Galhardo, enviado especial | Estadão Conteúdo – 17 horas atrás


Em defesa apresentada ao Tribunal de Contas da União, o ex-presidente da Petrobrás José Sergio Gabrielli pede para ser excluído, junto com outros dez ex-integrantes da Diretoria Executiva da estatal, do processo que determinou que o bloqueio de bens dos executivos responsáveis pela compra da refinaria de Pasadena, nos EUA. Caso o pedido não seja aceito, solicita que o Conselho de Administração que autorizou o negócio em 2006 seja responsabilizado pelo prejuízo da compra e tenha o mesmo tratamento dos ex-diretores: todos precisam ser ouvidos no processo e ter o patrimônio congelado.
Dilma Rousseff era presidente do Conselho de Administração da estatal à época. O argumento da hoje presidente da República para ter aprovado o negócio é que o conselho se baseou em um resumo técnico "falho" e "incompleto" a respeito do negócio.
Em decisão preliminar de julho do ano passado, o tribunal isentou o Conselho de Administração. Na segunda-feira, 19, em resposta ao jornal O Estado de S. Paulo, o TCU não descartou a possibilidade de arrolar Dilma e os demais ex-conselheiros no processo sobre a compra da refinaria.
Segundo concluiu o tribunal, o prejuízo da Petrobrás com o negócio foi de US$ 792 milhões. A defesa de Gabrielli argumenta que o Conselho de Administração teve tanta ou mais responsabilidade do que a Diretoria Executiva na compra da refinaria.
Justificativa
No texto de 64 páginas, entregue no dia 5 de dezembro, Gabrielli diz que não se sustenta a justificativa de Dilma de que o relatório de Néstor Cerveró - então diretor de Internacional - era falho por omitir que o contrato tinha as cláusulas Marlim (que garantia rentabilidade mínima de 6,9% à Astra Oil, parceira da Petrobrás na refinaria) e Put Option (que obrigava a Petrobrás a comprar a parte da sócia se houvesse divergência de gestão).
De acordo com a defesa de Gabrielli, o Conselho tinha "obrigação de fazer uma avaliação criteriosa" de todos elementos do contrato antes de autorizar a compra, e contava com "os mesmos elementos fornecidos pelas mesmas pessoas" com os quais a Diretoria tomou a decisão.
Diferença
Conforme o documento assinado pelo advogado Antonio Perilo Teixeira, ao contrário de outras empresas nas quais as funções dos conselhos se limitam a planejamento e estratégia, o estatuto da Petrobrás confere ao Conselho de Administração poderes executivos. "Esse fato é demonstrado na própria aquisição de Pasadena, tendo visto que a Diretoria havia aprovado sugestão de Cerveró de adquirir a segunda metade da Astra mas essa posição foi rejeitada pelo Conselho", diz o texto.
É com base no estatuto que Gabrielli pede que os integrantes do Conselho também sejam responsabilizados. "Caso este tribunal entenda que não é possível afastar a responsabilidade dos integrantes da Diretoria Executiva, que sejam então chamados para manifestar-se todos integrantes envolvidos na aprovação dos contratos, incluindo os membros do Conselho de Administração."
Ao final, a defesa de Gabrielli sustenta que caso o TCU se negue a excluir a Diretoria Executiva do processo, "que os integrantes do Conselho de Administração sejam citados para integrar a lide, tendo seus bens bloqueados em igualdade de condições com os atuais requeridos".
No documento, a defesa cita Dilma explicitamente ao lembrar da primeira conclusão do TCU. "Essa posição (de que os conselheiros são responsáveis), que implicaria a oitiva da Presidenta da República e de outras altas autoridades do atual governo, recém reeleito, foi descartada."
Além de Dilma, faziam parte do Conselho o atual ministro da Defesa, Jaques Wagner, o ex-presidente do PT e da Petrobrás José Eduardo Dutra, o ex-ministro Antonio Palocci, o atual presidente da Abril Mídia, Fábio Barbosa; o economista Cláudio Haddad, presidente do Insper, os empresários Jorge Gerdau e Arthur Sendas (falecido) e o ex-comandante do Exército Gleuber Viana.
Em julho do ano passado, logo após o TCU dar sua decisão preliminar, Cerveró e Ildo Sauer, ex-diretor da área de Gás e Energia, também tentaram responsabilizar o Conselho. Cerveró encontra-se atualmente preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba. Ele é acusado pela Operação Lava Jato de receber propina em contratos da Petrobrás.
'Erro médico'
No documento de sua defesa, Gabrielli aproveita para defender a compra de Pasadena. Diz que os lucros já cobriram os gastos, contesta os critérios e números apontados pelo TCU e diz que em momento algum foi demonstrado dolo ou culpa da direção da Petrobrás. Para fins legais, o ex-presidente da estatal compara o negócio a um erro médico, "no qual a relação com o paciente é de meio e não de fim". Para Gabrielli, a compra de Pasadena "não foi, certamente, a maior barganha realizada pela Petrobrás, mas tampouco foi a maior venda da Astra". Gabrielli aproveita para provocar a desafeta Graça Foster, atual presidente da estatal, dizendo que a Petrobrás não forneceu uma série de documentos que poderia ajudá-lo na defesa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


YAHOO NOTÍCIAS (ESTADÃO) : Vice do PSDB diz que 'País não aguenta' e defende impeachment de Dilma




Vice do PSDB diz que 'País não aguenta' e defende impeachment de Dilma

 Por Isadora Peron | Estadão Conteúdo – 2 horas 8 minutos atrás

O vice-presidente do PSDB, Alberto Goldman, publicou um texto em seu blog nesta terça-feira, 20, sugerindo que seja aberto um processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. Apesar de não mencionar o termo, o tucano afirma que a "tarefa" da oposição, diante da crise econômica e dos desdobramentos das investigações de corrupção na Petrobras, será pensar numa maneira de fazer uma "transição democrática", pois a petista não teria condições políticas de terminar o mandato.
"Como (Dilma) vai resistir quatro anos em um quadro de superação difícil, se não impossível? Como e quando será possível uma transição democrática, supondo que a situação não possa ser mantida pelos quatro anos desse mandato?", escreve Goldman. Segundo ele, pensar no que fazer diante desse quadro é "questão posta para a oposição". "É a nossa tarefa", completa.
Questionado pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, se estava sugerindo que a oposição deveria entrar com um pedido de impeachment contra a presidente, Goldman disse que esse seria "um caminho legal", mas afirmou que era preciso debater o assunto, porque ele ainda não tinha "uma resposta". "O País aguenta que essa gente continue dirigindo o País por mais quatro anos? Eu acho que não. Mas nós não temos a resposta para o passo seguinte", afirmou.
No texto, o tucano diz que o início desta semana pareceu um prenúncio do "fim do mundo", já que na segunda-feira, 19, o País passou um por um apagão de energia que atingiu 10 Estados e o Distrito Federal. Ele também criticou os recentes anúncios de aumento de impostos feitos pela equipe econômica do governo e disse que Dilma está tomando todas as medidas que prometeu que não tomaria durante a campanha eleitoral. Por fim, cita o escândalo da Petrobras que, segundo ele, mostra "uma total deterioração do governo e dos partidos que o sustentam".
Desde que o candidato o tucano Aécio Neves perdeu as eleições do ano passado, os petistas acusam o PSDB de querer "vencer no tapetão" e tentarem forçar um "terceiro turno" eleitoral. O partido têm incentivado, por exemplo, que os seus militantes participem de manifestações que pedem o impeachment da presidente e adotou medidas que questionam a legitimidade do pleito, como uma auditoria do resultado das eleições que teve início nesta semana em Brasília.




YAHOO NOTÍCIAS: Aécio diz que oposição vai se mobilizar contra 'estelionato' do governo


Aécio diz que oposição vai se mobilizar contra 'estelionato' do governo

Por Erich Decat | Estadão Conteúdo – 5 horas atrás
O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), criticou nesta terça-feira, 20, as medidas anunciadas pela área econômica do governo e as classificou como "estelionato" eleitoral. Segundo ele, integrantes da oposição irão se mobilizar para impedir no Congresso Nacional a aprovação de propostas que possam penalizar os trabalhadores. "É inaceitável que medidas dessa magnitude, que afetarão a vida de milhões de famílias, sejam tomadas sem nenhum debate com a sociedade"
O posicionamento do tucano ocorre logo após a presidente Dilma Rousseff vetar a correção de 6,5% na tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física, aprovada no fim do ano passado pelo Congresso Nacional. A decisão consta da sanção, com vários vetos, da Lei 13.097, que é resultado da aprovação da Medida Provisória 656.
"A presidente Dilma inicia o seu novo mandato cortando direitos trabalhistas e aumentando impostos. Com isso, trai os compromissos assumidos com a população durante a campanha eleitoral", diz o senador em nota. "Na prática, isso significa que o governo está aumentando o imposto de renda a ser pago pelos brasileiros. O brasileiro tem sido a grande vítima da incompetência e das contradições do governo do PT".
Aécio também cita o apagão ocorrido nessa segunda, 19, em 10 Estados e no Distrito Federal e o anúncio, no mesmo dia, pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, de um pacote de aumento de impostos ao consumidor e às empresas dos setores de combustíveis, cosméticos e importadoras. A iniciativa do governo visa elevar a arrecadação em R$ 20,6 bilhões, e tem como objetivo recuperar a confiança na economia e fechar as contas este ano.
"Ontem, o país foi vítima de um grande apagão de energia e surpreendido com o anúncio de aumentos de impostos. O pacote de medidas anunciado pelo governo aumentará o preço de combustível, cosméticos, produtos importados e operação de créditos. Trata-se de mais um exemplo do estelionato praticado na campanha eleitoral para reeleger a presidente", afirma Aécio.



segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

PSDB TENTA CAPITALIZAR INSATISFAÇÃO POPULAR - 11/01/2015


PSDB tenta capitalizar insatisfação popular
Estadão ConteúdoPor Elizabeth Lopes | Estadão Conteúdo – 22 horas atrás






Estadão Conteúdo/Dida Sampaio/ Estadão Conteúdo - Dos principais candidatos à presidência da República, Aécio Neves é o que possui menos seguidores no Twitter: pouco mais de

Os cerca de 51 milhões de votos do candidato derrotado do PSDB nessas eleições presidenciais, senador Aécio Neves (MG), representam um incentivo para tornar a sigla não apenas o maior partido de oposição ao governo da presidente Dilma Rousseff (PT), mas também para se consolidar como porta-voz das mudanças pleiteadas por quase 70% da população brasileira.
Fundado em 25 de junho de 1988, o partido tem pouco mais de um milhão de filiados e pretende, até a eleição de 2018, aumentar significativamente este número com uma chamada 'onda azul' de filiações. O movimento tentará capitalizar a insatisfação da parcela insatisfeita da população para as alas do partido, a fim de aumentar sua participação nos postos chaves no comando de municípios, Estados e do próprio País no próximo pleito.
Pessoas ligadas à direção da legenda afirmam que o caminho está pavimentado, mas os correligionários precisam manter a mobilização e se concentrar nos grandes temas dos próximos anos. Estarão na pauta desde a questão econômica até os escândalos que assolam os partidos - o ex-dirigente nacional da sigla Sergio Guerra, morto em março do ano passado, foi citado pelo delator Paulo Roberto Costa junto com outros 27 políticos envolvidos no escândalo da Petrobras. A voz corrente das lideranças do partido, incluindo o governador reeleito de São Paulo, Geraldo Alckmin, é que a apuração vale para todos.
Aliado ao movimento de filiação partidária e de mobilização, boa parte dos dirigentes do PSDB defende que a sigla se consolide para a próxima disputa presidencial numa linha parecida com a que o PT trilhou antes de assumir o poder: investir em um único nome que pleiteie o posto até conquistar a tão sonhada cadeira presidencial, a exemplo do que fez o ex-presidente petista Luiz Inácio Lula da Silva. E para esses correligionários, incluindo os do maior colégio eleitoral do País, São Paulo, cuja liderança é do governador Geraldo Alckmin, o posto já tem dono: o senador mineiro Aécio Neves.
Nos bastidores e em público, a defesa do nome de Aécio como 'concorrente oficial' do partido à Presidência é feita com veemência. Um integrante da executiva nacional da sigla disse ao Broadcast Político que, mesmo com nomes tradicionais que poderiam pleitear a cabeça de chapa nas eleições 2018, o de Aécio tem a preferência. "Mesmo em São Paulo, terra de Serra (senador eleito José Serra) e de Alckmin, três entre dois convencionais apostam no nome do senador mineiro", diz a fonte.
A deputada federal Mara Gabrilli (PSDB-SP) afirma que Aécio já está sendo muito bem avaliado pela população não apenas pela votação expressiva que teve nas urnas, mas pelo trabalho que vem fazendo no Congresso Nacional, na oposição ao governo petista. "Ele se consolidou como oposição e nosso partido está se repaginando e angariando o respeito e a simpatia da população, não apenas no Congresso, mas também fora dele, nas ruas."
Na avaliação do senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), que integrou a chapa presidencial de Aécio Neves como vice, o nome do senador mineiro é a tendência natural de aposta da legenda para o próximo pleito. Em entrevista exclusiva ao Broadcast Político,, no final de dezembro do ano passado, Aloysio disse que Aécio é aquele que pode fazer a travessia do deserto e chegar como o nome forte do PSDB em 2018. Para ele, nem Serra nem Alckmin resistiram a essa "travessia".
No páreo
Mesmo com a posição adotada pela maioria das lideranças tucanas, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, já deu mostras de que não está fora do páreo com Aécio. Neste final de ano, enquanto o senador mineiro esteve ausente do cenário político, a não ser pela postagem de um vídeo em sua página oficial no Facebook em que pedia 'não vamos nos dispersar', Alckmin aproveitou para marcar posição no discurso de posse de seu segundo mandato consecutivo. Aécio, que é presidente nacional do PSDB, passou o fim de ano com a família e amigos em sua fazenda em Minas Gerais, no município de Cláudio.
Ao mesmo tempo em que acenou com a governabilidade, dizendo que São Paulo nunca vai virar as costas para o Brasil, dando a dimensão da importância econômica e política do Estado e relembrando trecho do discurso de seu mentor e padrinho político Mário Covas, Alckmin teceu duras críticas à gestão de Dilma Rousseff, assumindo também seu papel de opositor. Segundo ele, hoje a população vive em um País injusto. "Todos nós conhecemos os duros prognósticos para a economia nos próximos anos. O País poderá viver dias difíceis. Mas o discurso fácil do pessimismo só é mais fácil que o discurso do otimismo irresponsável que já nos custou muito caro", disse o tucano, conclamando todos, governo e oposição, a recuperar a economia e aprovar as reformas necessárias para que 2015 não seja mais um ano perdido.
Desafios
Além da disputa pela cabeça de chapa, que deve ganhar mais fôlego quanto mais se aproximar a eleição, e da campanha de filiação partidária, os tucanos têm desafios pela frente. Na avaliação de Aloysio Nunes Ferreira, o partido ainda não conseguiu dar uma resposta efetiva 'ao carimbo' de que o PSDB é uma sigla de ricos, da elite e que, se voltar ao poder, poderá tirar benefícios sociais, como o Bolsa Família. "(Neste pleito) não acordamos a tempo para isso, então é um fato que temos de enfrentar e superar", reconheceu.
O senador paulista defende também que a sigla assuma claramente suas posições, como a defesa da livre iniciativa e das regras do mercado na economia. "O PSDB é um partido social liberal, na verdade. A social democracia, se você imaginar a origem desse termo, é algo muito próximo de uma realidade política europeia. Agora, somos liberais na economia, claro que com a presença reguladora do Estado, e social no sentido da democracia e participação da busca da igualdade. A ideologia do PSDB é uma ideologia democrática."
Tanto a direção do partido quanto seus correligionários apostam que, depois das eleições gerais de 2014, o PSDB amadureceu e conseguiu equacionar suas fissuras internas. "Não temos mais problema de divisão interna", reiterou Aloysio. Contudo, ele aponta outro desafio para a sigla: "O PSDB tem um problema de outra natureza, natureza de formulação política. É preciso afinar esse ideário que foi um ponto de convergência entre a candidatura do Aécio e o movimento da opinião pública e traduzir isso em propostas políticas elaboradas, otimizando a utilização das mídias sociais."




sábado, 10 de janeiro de 2015

Mino Carta - 10/01/2015: A Ilusão de Dilma




Política
Editorial
A ilusão de Dilma
A presidenta está enganada se, ao agir como fariam os derrotados, garante tranquilidade ao seu segundo governo
por Mino Carta — publicado 10/01/2015 08:27
Volto de viagem, duas semanas de olvido, e sou recebido pelas seguintes informações. Não vou hierarquizá-las ao sabor da sua importância, todas, aliás, me parecem importantes. Se não, vejamos.
O mais inútil dos ministros do primeiro mandato de Dilma Rousseff, José Eduardo Cardozo, insuperável em pronunciar asneiras em momentos de tensão pinçados a dedo, foi confirmado na Justiça.
Aldo Rebelo deixa a pasta do Esporte para dedicar-se à Ciência e Tecnologia, a mostrar sua versatilidade. Vivesse ele na França do século XVIII quem sabe figurasse entre os enciclopedistas e passasse à história como indômito iluminista.
O novo titular do Esporte admite desconhecer a matéria entregue aos seus cuidados, mas se habilita a cumprir a tarefa por conhecer a alma humana. Em 2007 foi preso ao carregar uma caixa repleta de papel-moeda, verdadeiro tesouro dos piratas, e prontamente expulso do DEM, onde militava. Evangelizador antes de evangélico, o ministro infunde segurança na perspectiva das Olimpíadas de 2016, evento de hábito favorável a quem aprecia papel-moeda.
Ao assumir a pasta da Defesa, Jaques Wagner comunica à Nação que não carrega uma lanterna para vasculhar o passado, pelo contrário, encara apenas e tão somente as brumas do futuro. Nítida promessa da continuidade da dita lei da anistia, da impunidade dos torturadores e seus mandantes e da prescrição dos crimes contra a humanidade. Notícia preciosa no país que, pretensamente democrático, inova Montesquieu ao alinhar aos Três Poderes clássicos, o militar, provavelmente por dispor de tanques e canhões, argumento decisivo de uma pressão insopitável na terra da casa-grande e da senzala.
A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, exibe toda a sua competência para o posto ao decretar que no Brasil o latifúndio não existe. Pouco importa se a dama em questão não somente ignora que no País 50% das terras agriculturáveis ficam na mão de 1% da população, mas também o tamanho das suas propriedades.
Surgem sinais de que um dos trunfos brasileiros em meio à crise global, o baixo índice de desemprego, começa a ensaiar uma tendência de alta. Com Joaquim Levy na Economia, cabe o temor de que o esboço se torne obra feita e acabada, mais uma conspícua oferenda ao deus mercado.
O ministro das Comunicações aventa novamente a hipótese da regulamentação da mídia, e logo espoucam as reações indignadas dos paladinos da liberdade de imprensa, entendida como aquela atribuída por direito divino aos porta-vozes da casa-grande, e, portanto, credenciados a omitir, inventar e mentir a seu talante. O deputado Eduardo Cunha, pretendente ao cargo de presidente da Câmara, apressa-se a anunciar que, com ele eleito, os propósitos do ministro Berzoini no pasarán.
Isso tudo não me proporcionou uma acolhida alvissareira. As intenções governistas me soam claras: garantir um transcurso mais ou menos tranquilo ao segundo mandato de Dilma. Como se fazer mais ou menos o que a oposição faria, com o useiro apoio da mídia nativa, tivesse o condão de colocar a presidenta a salvo, ao menos em boa parte, da virulência dos ataques daquelas.
A presidenta engana-se. E a quem ela ouve sugiro, por exemplo, a leitura do editorial do Estadão de quinta 8. O que está em jogo é uma questão visceral, pela qual Dilma, faça o que bem entender, representa a malta, assim como seu titubeante partido e quem o fundou, o inextinguível Lula. Não consigo imaginar o que ele pensa neste exato instante. Lá pelas tantas, fui levado a supor, no momento mais agudo do recente embate eleitoral, que criador e criatura haviam se reaproximado. Agora não sei. Única certeza: Dilma precisa de melhores conselheiros.




Mino Carta
Mino CartaDiretor de redação. Fundou as revistas Quatro Rodas, Veja e CartaCapital e criou o Jornal da Tarde
EditorialA ilusão de Dilma
Comentários
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    Tudo indica que o PT passará quatro anos sangrando. A morte se dará em 2018?


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        Depois que o excelentíssimo Levy gerar desemprego com o seu "ajuste fiscal" Dilma e o PT vão pagar o pato.
        É o velho remédio amargo que só os pobres tem que tomar, como sempre privatizando o bônus e socializando o ônus.


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            Mino, sua presidenta está trabalhando por um projeto de poder. Como disse o Roberto Maringoni em artigo publicado pela própria Carta Capital em 23/12: "Dilma está fazendo exatamente o que acusou seus oponentes de perpetrar, caso fossem eleitos". E faz isso porque sabe que essa é a única receita segura, depois da gastança e descontrole que promoveu, para dar continuidade à saga petista no palácio do planalto. O próprio Lula, quando assumiu em 2003, convidou um deputado eleito do PSDB e ex-banqueiro para presidente do Banco Central, exatamente para não mexer na política econômica herdada do governo FHC. Ela só está repetindo a receita, antes que a vaca (que já tossiu umas 10 vezes) vá pro brejo. O resto, é composição rasteira com a penca de partidos que embarcou na coligação.


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                Joelmir Beting cunhou uma frase que nunca mais esqueci. Ele costumava encerrar muitas reportagens com ela: "Ou o Brasil ou o resto do mundo está errado." Como todos os jornais e revistas de grande circulação do mundo, e não apenas do Brasil, dão manchetes expondo os erros cometidos pelo governo do PT, a única maneira que a esquerda brasileira encontrou para explicar e continuar no erro foi esse: a mídia, do mundo todo, pertence à direita. Reescreveram a frase de Joelmir: ou a esquerda brasileira ou o resto do mundo estão errados.


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                    Há 2 posições a tomar: ou buscar uma sociedade socialista, ou ir mantendo a política neoliberal atenuada. O PT sabe que, para concretizar as conquistas sociais que concretizou, nunca o faria sem concessões à direita. Ou seja, a única forma de poder fazer alguma coisa pelo povo é não ser tão evidente na justiça distributiva. Uma no cravo outra na ferradura. Mas colocar na esplanada dos ministérios neoliberais num governo popular é demais. Poder é poder. Ou se tem, ou não se tem. A classe média é ideologicamente de direita e é ela que elegeu um congresso atrasado, com honrosas exceções.


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                        A Presidenta precisa de melhores conselheiros. Talvez Mino possa integrar essa equipe.


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                            A Dilma é vendedora de ilusões, e isso é crime, é estelionato.


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                                Isso seria mais viável se houver antes uma regulação econômica da mídia. Tal como é a situação oligopolizada da mídia atualmente, qualquer tentativa de mudança seria boicotada com narrativas falsas por parte do cartel de mídia. As narrativas falsas repetidas continuamente pela mídia tornam-se verdadeiras para parte da população.
                                Esse cartel midiático além de boicotar as mudanças, faria tudo para desestabilizar o governo. Teria para isso o auxílio dos que não querem mudar o país e até fazê-lo retroceder ao passado. Alguns deles estão no Judiciário e muitos no Legislativo.


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                                  e a crise energética se aproxima. será a mídia tão benevolente quanto o é com a crise hídrica de SP?


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                                      Mino, desculpe, mas esse trambolho do Dilma II tem muito dedo de Lula, o Conciliador. Conciliação tentada, sem o mais pífio resultado, por doze anos. Claro, rendeu reeleições, mas isso está muito perto do fim. Se o voto deixar de ser obrigatório, nas eleições de 2018 só a direita comparece.


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                                          Para fazer as reformas sociais e econômicas que o Brasil necessita urgentemente, entre elas a reforma política e tributária, Dilma é obrigada a fazer alianças puramente políticas para garantir apoio e maioria na Câmara Federal e no Senado. Algumas vezes os fins justificam os meios e há males que vem para o bem!


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                                              Os "sonhadores" ainda não acordaram, somos governado por uma cópia tosca do PRI mexicano do início do século passado.


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                                                Para alguns, Dilma cometeu um engano. Para outros, finalmente ela reconheceu o erro e tenta consertá-lo. Seja como for, que a história registre a farsa vergonhosa que foi a campanha da atual presidenta. Acabou por adotar, imediatamente após a posse, tudo que acusou seus concorrentes que fariam, como se fosse um assassinato aos mais pobres. Pela finalidade de se manter no poder agora veste a carapuça de assassina dos pobres que impingiu desonestamente aos concorrentes. Será que isso fará alguma diferença aos eleitores de sua ideologia na próxima eleição?


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                                                    Presidenta, leia Carta Capital!


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                                                        Bom resumo da desastrosa equipe de governo da presidente Dilma. Porém, o autor engana-se ao achar que é necessário copiar a oposição. A nossa presidente já demonstrou, no primeiro mandato, que já sabe ser incompetente.


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                                                            Concordo plenamente. A esquerda precisa de outra solução em 2018, PT não dá mais...


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                                                                Arrependido, Mino?




                                                                  TAMBÉM EM CARTACAPITAL